sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Benefícios materias com a prática do daimoku.

Nitiren Daishonin afirma: “O caractere ku [do termo kudoku, ou benefício], significa eliminar a maldade, ao passo que o caractere doku significa produzir o bem”. (Gosho Zenshu, pág. 762.) No Budismo Nitiren, benefício significa produzir o bem, vencendo o mal, ou livrar-se da escuridão fundamental da vida e fazer surgir o bem. Pode-se entender negativamente essa concepção, considerando que os sofrimentos nunca acabam. (continua...) Para com preender corretamente, temos o exemplo do pião que gira impulsionado por uma corda. Quanto maior a força e a velocidade com que o pião gira, mais firme e estável ele fica. Ou seja, quanto mais ele luta contra o desequilíbrio e a gravidade, mais equilibrado e ereto fica. Parece até que está parado, de tão estável, mas na verdade está girando com toda a intensidade contra a instabilidade. Assim é o kudoku. Quanto mais luta contra os sofrimentos, mais forte e inabalável fica. Do contrário, se pensarmos “já lutei o suficiente, vou tirar umas férias ou vou me aposentar...”, vamos diminuir o ritmo. Como o pião, girar devagar o leva a balançar cada vez mais, pois de maneira lenta não consegue mais a estabilidade, levando, por fim, à queda. Na prática budista, para manifestar o benefício é preciso realizar Chakubuku, ou a propagação do ensino de Daishonin. Isso significa refutar as crenças errôneas que causam o sofrimento, fazendo com que as pessoas vivam com base na Lei Mística. O Chakubuku é a ação para “destruir a maldade e fazer com que surja o bem”. Ao realizar essa prática pelas outras pessoas, também se manifesta o mesmo efeito na vida. Destruir a maldade é purificar. Alguns interpretam “benefício” de forma errada, considerando-o como uma referência à preocupação com os bens materiais, e com base nisso menosprezam o budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da própria vida. Conceitos tais como “benefício” e “punição” não são exclusivos da religião. A vida de todas as pessoas é, de certa forma, uma sucessão de exemplos de benefício e punição, valor e anti-valor, ou de lucro e perda. Nos negócios, as vendas significam lucro ou ganho. Mas se os bens forem vendidos a um preço muito baixo, o negócio acaba em prejuízo. Quando um pintor concretiza o desejo subjetivo de realizar uma maravilhosa obra-prima (ou seja, de criar o valor do belo), ocorre uma fusão do sujeito com o objeto, dando à pessoa um sentimento de felicidade. E quando a pintura é comprada, o lucro é concretizado. Sentimo-nos felizes quando conseguimos criar valor. O propósito do Sutra de Lótus é nos capacitar a desenvolver em nosso mundo interior, ou subjetivo, a grande força vital para criarmos valor independentemente das circunstâncias que encontrarmos em nosso mundo exterior, ou objetivo. É isso o que chamamos de fazer a revolução humana. Isto é “benefício”. Texto retirado do link Estado de Buda.

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