sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como nossas orações são respondidas?

O4CANPCKOXCAIE1338CA9QB0UACALYXPBGCA9X12LHCA6UR1RTCAU3V5KWCA3DTVK9CA5KAJ2YCA25IOFECATZXBQ8CACO5ZHVCA2173Q4CA4TQZORCAV1JOYUCAJEZ3YGCAT76QRKCAPKXTCVCAHG8YDT

O Sr. Toda: costumava dizer: “É óbvio que quando tocamos um sino, podemos obter uma vastidão de diferentes sons; isso dependerá do que utilizamos para tocá-lo — um palito de dente, um pau de comer arroz japonês ou um batedor de sino. O sino é o mesmo, porém, se bater nele com força, obterá um som alto; se bater de leve, o som será leve. O mesmo ocorre com relação ao Gohonzon. Os benefícios que recebemos dependem inteiramente do poder de nossa fé e prática.

Pres. Ikeda: Conforme as expressões “poder da fé” e “poder da prática” indicam, a convicção é um tipo de força ou poder. Quanto maior for sua convicção de que suas orações serão respondidas — ou seja, quanto mais forte for sua fé — mais forte será o poder do Gohonzon (a Lei Mística).

O “poder da prática” abarca a força de seu Daimoku e da energia com que se dedica ao Kossen-rufu pela felicidade de todas as pessoas e prosperidade de toda a sociedade. Quanto mais forte for sua prática para si e para os outros, mais poderá extrair do Gohonzon o poder do Buda e da Lei.

Pres. Ikeda: Apesar de afirmarmos que “as orações são respondidas” no Budismo de Nitiren Daishonin, a concretização de nossas orações não é algo mágico ou oculto; não tem nada a ver com algum ser misteriosamente iluminado ou um deus que habita um mundo distante e que, por ter piedade de nós, satisfaz nossos desejos.

Assim como existem leis físicas tais como as que controlam a eletricidade, que os seres humanos habilidosamente descobriram como fazer uso, o budismo investigou e revelou a Lei da vida e do Universo. E assim como a luz elétrica foi inventada baseada nas leis da eletricidade, Nitiren Daishonin inscreveu o Gohonzon para nós com base na suprema Lei do Budismo.

O Sr. Toda: costumava descrever o Gohonzon da seguinte maneira: “Minhas palavras com certeza não fazem jus à sua grandiosidade, mas o Gohonzon pode ser comparado a uma ‘máquina de fazer felicidade’.” O Gohonzon é a manifestação máxima da sabedoria do ser humano e do Buda. É por essa razão que o poder do Buda e o poder da Lei manifestam sua força de acordo com a força de nossa fé e de nossa prática. Se o poder de nossa fé e prática equivale a cem, então seremos capazes de manifestar o poder do Buda e da Lei na mesma proporção; e se equivaler a dez mil, atrairemos uma força correspondente a dez mil.

No Budismo de Nitiren Daishonin, a Lei fundamental do Universo é venerada como o supremo objeto de adoração. Essa Lei é também a essência de nossa própria vida.

Essa questão pode ser um pouco difícil de ser compreendida; no entanto, quando oramos ao supremo objeto de adoração — o Gohonzon — o princípio budista de “fusão da realidade e da sabedoria” é colocado em prática. A “realidade objetiva” do Gohonzon e a “sabedoria” de nossa mente fundem-se no nível mais profundo. Em outras palavras, a oração constitui uma fusão da Lei fundamental do Universo e de nossa mente.

Podemos comparar isso com as engrenagens de uma máquina. Quando uma pequena engrenagem encaixa seus dentes aos de uma engrenagem maior, conseguirá se movimentar com uma força extraordinária, o que não faria por si própria. Da mesma forma, quando fundimos o microcosmo de nossa própria vida à vida do Universo, somos capazes de manifestar uma ilimitada força que nos permitirá superar quaisquer dificuldades. Todos os deuses budistas, budas e bodhisattvas das dez direções — as funções protetoras do Universo — serão ativadas para que possamos concretizar nossas orações.

O Nam-myoho-rengue-kyo é o som do grandioso ritmo do Universo, a fonte propulsora de toda a atividade universal, e também o coração e a essência do Universo.

A Lei Mística é a fonte de todas as mudanças. É por isso que quando recitamos a Lei Mística — o Nam-myoho-rengue-kyo — conseguimos ativar as forças do Universo para nos apoiar. O ritmo do Nam-myoho-rengue-kyo foi denominado como o ritmo do próprio Universo. Algum tempo atrás, o poder de recitar o Daimoku para ativar as funções protetoras do Universo foi enfocado em um filme: Viagem Insólita, que mostra uma viagem pelo interior do microcosmo do corpo humano. Num certo momento, o protagonista recita o Nam-myoho-rengue-kyo a fim de solucionar um impasse. Foi realmente emocionante e empolgante ver o Nam-myoho-rengue-kyo aparecer de repente na legenda!

Quando estiver sofrendo ou sentindo-se triste, não há necessidade de forçar-se a mostrar uma expressão alegre ou fingir que está tudo bem; apenas recite Daimoku exatamente como está, e solte seus sentimentos.

Nitiren Daishonin :afirma: “A fé não é algo extraordinário.” (MW, vol. V, pág. 303.) E nos clama: “Da mesma maneira que os pais se recusam a abandonar os filhos, ou que uma criança que se nega a deixar a mãe, devemos confiar no Sutra de Lótus.” (Ibidem.) Em outras palavras, tudo o que temos de fazer é orar sinceramente ao Gohonzon e confiar plenamente que nossos desejos serão satisfeitos. Tal oração com certeza nos fortalecerá.

Não há nada extraordinário com relação à oração; ela se resume em simplesmente desejarmos algo de todo o coração.

O mais importante é nosso coração. Com relação a isso, é essencial que oremos com profunda fé, respeito e amor ao Gohonzon em nosso coração.

Praticamos o budismo com o objetivo de nos tornarmos felizes. Desse modo, o mais importante é que cada um de nós sinta uma profunda satisfação após ter recitado Daimoku.

Conforme já mencionei, o mais importante é que nosso Daimoku nos deixe tão satisfeitos e revigorados que quando tivermos terminado, possamos exclamar: “Ah! como isso me fez bem!” Ao reforçarmos esse sentimento dia após dia, naturalmente nos direcionaremos para o caminho mais positivo.

A atitude de reservar um tempo para orar apesar dos vários compromissos é um sinal de verdadeira dedicação. Quando oramos, estamos criando a causa para nosso próprio sucesso. O Daimoku é para seu próprio benefício. A oração fortalece a energia vital, aguça a mente, e também permite-nos extrair a força vital interior que nos capacita a usar ao máximo nosso talento e nossas habilidades. Por exemplo, se tiverem habilidade para tirar nota dez em um exame, a oração os capacitará a manifestar uma força vital para dedicar-se cem por cento nisso, em vez dos setenta ou oitenta por cento de esforços que talvez consigam nos períodos de provas.

Sim, é um erro pensar que somente a oração, sem se dedicar seriamente aos estudos, melhorará suas notas. A concretização de suas orações começa com esforços concretos objetivando suas realizações. Se acreditarem que tudo irá se concretizar da maneira como oraram, enquanto persistem em seus esforços, sua mente ficará tão repleta de esperança, otimismo e confiança que suas orações com certeza serão respondidas. E também, ao recitarem Daimoku, vocês manifestarão a sabedoria para ter sucesso em seus estudos e em sua vida de maneira tão clara como o alvorecer do Sol que ilumina a Terra. O Daimoku também lhe proporcionará a energia necessária para que continuem seguindo rumo à concretização de seus objetivos.

A fé e a oração são as máquinas que dão vigor aos nossos esforços. Os esforços dependem unicamente de nós próprios. Por favor, jamais se esqueçam disso.

Algumas vezes parece que nossas orações levam séculos para ser concretizadas, outras vezes, não são concretizadas, apesar de nosso fervoroso Daimoku. No entanto, o mais importante é continuar orando até que sejam respondidas. Nosso contínuo Daimoku nos dá a oportunidade de observar profundamente nossa própria vida, enquanto passamos por mudanças positivas no dia-a-dia. É como o trabalho — quando conseguimos um emprego, começamos a trabalhar, mas não recebemos o salário no mesmo dia. Outro exemplo é o cultivo de plantas — plantamos uma semente e a regamos todos os dias, ainda assim, levará um longo tempo até que ela se torne uma grande árvore.

Os benefícios que recebemos como resultado da oração ao Gohonzon constituem tanto os conspícuos como os inconspícuos. Os benefícios conspícuos referem-se a exemplos tais como a proteção que recebemos em momentos difíceis e a sabedoria que conseguimos manifestar a fim de encontrar uma solução imediata para um problema que estamos vivenciando. Os benefícios inconspícuos, por sua vez, são como a semente se desenvolvendo em uma frondosa árvore. Acumulamos boa sorte pouco a pouco e esta se manifesta gradativamente à medida que o tempo passa.

Na vida, os benefícios inconspícuos são os mais importantes. Os inconspícuos podem dar uma pequena ajuda, mas o que realmente conta na vida é alcançar o topo gradativamente.

O simples fato de termos orado para obtermos algo não significa que iremos concretizá-lo. No entanto, se nossas orações não são imediatamente respondidas, se continuamos a orar dia após dia, criamos as causas para uma significativa mudança positiva no futuro. Sem exceção, quando olharem para trás, afirmarão a si próprios que tudo aconteceu para o melhor.

Dependemos de vários fatores para que nossas orações sejam concretizadas. Contudo, se orarmos sinceramente, de todo o coração, poderemos corrigir nossa órbita vital e nos direcionar para um caminho mais positivo.

Nossas orações produzem um impacto de longo alcance em nossa vida. Apesar de orarem para se sair bem nos estudos, por exemplo, o efeito de suas orações se estenderá muito além, alcançando a total amplitude de sua existência.

Resumindo, é muito importante ter o desejo de sentar-se em frente ao Gohonzon e recitar Daimoku. Isso demonstra a determinação de uma pessoa de aprimorar a si própria. Esse espírito é fundamental. É a comprovação de nossa humanidade, uma expressão do nobre espírito de devotar a vida à realização de um empreendimento.

é importante que nossas orações sejam específicas e concretas. Uma atitude vaga e dispersa durante a oração é como atirar uma flecha sem mirar o alvo. Devem orar com uma forte e apaixonada determinação de concretizar sua oração. Aquele que pensa “Se eu orar, tudo correrá bem”, está demonstrando apenas um desejo. Uma fervorosa oração — a oração do fundo do coração e com toda a vida — será infalivelmente comunicada ao Gohonzon.

Outro ponto importante é que, à medida que o foco de nossas orações se expande, incluindo não apenas nossos próprios desejos como também a felicidade de nossos amigos, de nossa família, de nossos colegas de classe, da sociedade e de toda a humanidade, nossos horizontes também irão se expandir, bem como nossa grandeza como seres humanos.

A oração não é algo tão simples assim. Dessa forma, jamais devemos nos esquecer de que nossas orações refletem nosso estado de vida. Com relação a isso, a oração é também uma forma solene pela qual podemos elevar nosso estado de vida.

E para obter exatamente os resultados pelos quais estão orando, é essencial empreender firmes e determinados esforços em direção ao seu objetivo. Esse é o verdadeiro caminho para manifestar a fé na vida diária.

Aqueles que seguirem esse caminho dia após dia, ano após ano, irão se tornar infalivelmente — assim como as sementes que se tornam frondosas árvores — pessoas de força e caráter extraordinários à medida que o tempo passar.

(BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1516, PÁG. A3, 24 DE JULHO DE 1999)

O BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN

 images b

Neste budismo não há necessidade de ser monge, não existem mandamentos ou dogmas, raspar a cabeça e viver em um monastério, muito menos adorar imagens de budas gordinhos e nem fazer oferecimentos a ele, ou colocá-lo em cima da geladeira, como não existem estátuas enormes e templos distantes. Acredita-se que budismo de Nitiren é tão grandioso porque iguala as pessoas numa mesma categoria: todas elas têm condições de atingirem a suprema felicidade, ou seja, o estado de Buda, na forma e no ambiente em que vivem. Esse budismo nega a necessidade de auto-sacrificio ou de isolamento para a meditação, e possibilita as pessoas a tornarem-se felizes em meio à realidade diária.Embasado na lei de causa e efeito, prega que as pessoas devem buscar e reforma interior, elevando sua condição interna de vida. Ensina também que existe uma relação de interdependência entre os seres do universo e que a razão de seus sofrimentos reside em suas próprias ações. Valoriza a vida, tenha ela a forma que tiver. O momento presente é considerado a base para analisarmos as causas passadas e definir o futuro.
As causas são feitas pelo pensamento, palavras e ações. Ou seja, cada pessoa é responsável pelo seu destino e, ao mesmo tempo, possui condições de mudá-lo. Com o conhecimento das próprias características, boas ou más, é possível progredir esforçando-se para desenvolver os pontos fortes e transformar os negativos. Esse é o modo correto de vencer o próprio destino.
Não existe um “Deus”, um ser transcendental, uma entidade superior, mas uma energia positivas, extremamente poderosa, que está contida no Universo e em todas as formas de vida. Que podemos manifestá-la no dia-a-dia. Buda não é Deus, não é um homem especifico e nem deve ser adorado, quando uma pessoa inicia um processo de mudança interior, ou revolução humana, que causa transformação de suas causas e, com a mudança de postura, ela começa a redirecionar sua vida para a felicidade ao mesmo tempo em que, fortalecendo sua energia interior passa a encarar e a enfrentar a vida com mais disposição, dinamismo e esperança. Isto é ser iluminado, ou seja, ser um Buda.
Por este respeito às características de vida de cada individuo e o capacitando em sua própria realidade a ser um Buda é que este budismo cresceu e chamou a atenção de muito leigos que utilizaram desta filosofia para até mesmo criarem ONG`S, que ajudaram este a ser expandido pelo mundo inteiro, o transformando hoje de uma religião oriental, ou só de japoneses para uma filosofia abrangente e mundial.

SOKA GAKKAI

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Lumbini,o exato local do nascimento do Buda shakyamuni

Lumbini está localizada no distrito de Kapilavastu, no Nepal, próxima à fronteira com a India. É o local onde se diz ter a Rainha Mayadevi dado à luz Siddharta Gautama, aquele que, como Buda Shakyamuni, daria origem à tradição Budista. O Buda viveu por volta dos anos de 563 e 483 A.C. Lumbini é um dos quatro mais importantes destinos de peregrinações para os Budistas, segundo o próprio Buda, ao lado de Kushinagar, Bodh Gaya, e Sarnath.

Lumbini, o exato local do nascimento de Buda

Lumbini, o exato local do nascimento de Buda

Lumbini está localizada no sopé do Himalaia, 25 km a leste do município de Kapilavastu, onde se diz ter o Buda vivido até idade de 29 anos. Ali se encontram vários templos, entre os quais o Templo Mayadevi, e outros em construção. Ali também se encontram o Puskarini ou Lago Sagrado – onde a mãe do Buda realizou o ritual antes do seu nascimento e onde ele, também, tomou o seu primeiro banho – bem como as ruínas do Palácio de Kapilavastu.

Na época do Buda, Lumbini era um parque situado entre Kapilavastu e Devadaha. Nos dias de hoje, um pilar demarca o ponto da visita de Ashoka a Lumbini. De acordo com uma inscrição no pilar, ele foi colocado lá pelos encarregados do parque para comemorar a visita e a doação de Ashoka.

O lugar sagrado de Lumbini está cercado por uma extensa zona monástica, onde somente monastérios podem ser construídos; sem lojas, pontos de comércio, hotéis ou restaurantes. Divide-se em duas zonas monásticas, oriental e ocidental, sendo que na zona oriental se encontram os monastérios Theravada, e na ocidental se encontram os monastérios Mahayana e Vajrayana.

Naquele local sagrado também se encontram ruínas de antigos monastérios, uma sagrada árvore Bodhi, um antigo lago para banho, o pilar de Ashoka e o Templo Mayadevi; onde o preciso local do nascimento de Buda está demarcado. Das primeiras horas da manhã às últimas horas da tarde, peregrinos de vários países realizam cânticos em orações e meditação no local.

Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Inverno nunca falha em se tornar Primavera…

dsc01210_peq

“Aqueles que creem no Sutra de Lótus são como o inverno; o inverno nunca falha em se tornar primavera. Desde os tempos antigos jamais se ouviu que o inverno tenha se transformado em outono ou que um devoto do Sutra de Lótus tenha se transformado numa pessoa comum” — este é um dos mais famosos trechos dos escritos de Nitiren Daishonin que tem servido de alento para inúmeras pessoas superarem suas dificuldades na jornada da vida em direção à felicidade.

Esse trecho faz parte da carta escrita em 1275 para a monja leiga Myoiti que vivia em Kamakura. Era uma mulher instruída que havia perdido seu marido e enfrentava dificuldades para criar seus dois filhos. Nitiren Daishonin escreveu-lhe a fim de encorajá-la, afirmando que os seguidores do Sutra de Lótus vivem como se estivessem em meio a um inverno, mas que essa situação infalivelmente se transforma em primavera.

Quatro anos antes, Daishonin havia sido alvo da Perseguição de Tatsunokuti e fora exilado na Ilha de Sado. Esses fatos culminaram na cruel investida contra os seguidores de Daishonin em Kamakura. Entre eles, estavam Myoiti e o seu marido, que tiveram as terras confiscadas. No entanto, o casal persistiu resolutamente na prática da fé do Sutra de Lótus como genuínos discípulos.

Infelizmente, a morte do marido de Myoiti ocorreu antes de Daishonin ser libertado do exílio. A ela coube criar dois filhos, um dos quais estava doente. Ela própria se encontrava com a saúde extremamente debilitada. Mesmo em meio às circunstâncias tão adversas, ela continuou prestando um sincero apoio a Daishonin. Enviou, por exemplo, um serviçal para ajudá-lo durante a permanência dele tanto em Sado como em Minobu.

Ultrapassar o rigor do inverno

Para celebrarmos a chegada da primavera, precisamos antes ultrapassar o inverno. Do ponto de vista da prática budista, a conquista da felicidade é uma luta da transformação do carma e da superação de inúmeros desafios. As provações do rigor do inverno são necessárias para se alcançar uma brilhante primavera com base na fé.

O inverno se transforma em primavera, não em outono — eis um princípio imutável da natureza. Do mesmo modo, aqueles que praticam a Lei Mística atingirão o estado de Buda e não permanecerão no estado ilusório de mortal comum. Este é um princípio universal da vida.

O essencial é compreender que o que torna genuína a alegria da primavera é justamente o rigor do inverno que a precede. Somente quando superamos as provações do inverno por meio do poder da fé conseguimos desfrutar a primavera de triunfo.

Quando resistimos e superamos as dificuldades do inverno e saímos vitoriosos por meio da prática budista, podemos fazer com que as flores brilhantes da vitória se abram radiantes em nossa vida.

Se, em meio ao rigor do frio, deixarmos de lutar ou de avançar na fé, terminaremos com resultados incompletos. A chave para a nossa vitória encontra-se na intensidade e na paixão com que nos desafiamos no inverno, na sabedoria que manifestamos nesse período, e em quão significativamente vivemos cada dia com a convicção de que a primavera chegará sem falta.

Ter fé é avançar tanto na primavera como no inverno

Ter fé no Sutra de Lótus significa avançar pelo caminho do inverno de adversidades. Quando enfrentamos a árdua tarefa de transformar nosso carma, podemos celebrar a chegada da primavera e edificar a boa sorte e a felicidade em nossa vida. Não nos esquivemos, portanto, do rigor do inverno. Se tivermos a coragem de enfrentar os desafios do frio, poderemos avançar ilimitadamente rumo à esplêndida primavera que é a consecução do estado de Buda e do Kossen-rufu.

O presidente Ikeda nos orienta para repetirmos constantemente a ação de transformar o “inverno em primavera”, pois o ato de lamentar está fortemente enraizado em nossa vida de mortal comum.

Por meio dos constantes esforços para transformar o inverno em primavera, somos capazes de elevar a condição de vida de mortal comum em direção a uma vida baseada na sabedoria do Buda.

O fundamental é que nosso avanço se baseie na recitação de Daimoku, tanto em momentos de sofrimento como nos de alegria. Se agirmos assim em tempos de dificuldade, encontraremos a sabedoria necessária para transformar o veneno em remédio, e nos momentos felizes, avançaremos com otimismo e esperança ainda maiores.

Escrito por BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1996

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bom amigo (Zentishiki) e mau amigo (Akutishiki)

consciencia Os termos Zentishiki e Akutishiki indicam dois tipos de pessoas que exercem influência positiva ou negativa em
nossa prática budista, literalmente, significam, respectivamente, “conhecimento benéfico” e “conhecimento maléfico”.
Em outras palavras, o indivíduo que traz um “conhecimento benéfico”, conduzindo o outro à prática correta do
budismo, é considerado “bom amigo”, que lhe possibilita acumular boa sorte e o conduz à felicidade absoluta. Em
contrapartida, a pessoa que conduz a outra para um caminho negativo, desviando-a da prática, representa um “conhecimento
maléfico”, ou “mau amigo”. Este ilude os outros com falsas doutrinas e obstrui a prática budista. Normalmente,
aproxima-se das pessoas fingindo ser amigo com a intenção de desviá-las da prática budista e de fazêlas
seguir outro ensino. Devido a essa atitude, o Sutra do Nirvana ensina que a pessoa deve temer ser influenciada
por um “mau amigo”.
No escrito “Abertura dos Olhos”, Nitiren Daishonin descreve as conseqüências de seguir os “maus amigos”: “Dentre
aqueles que receberam as sementes da iluminação no remoto passado e os que as receberam dos filhos do
Buda Excelência da Grande Sabedoria Universal, muitos desistiram das sementes e, por terem seguido más companhias
(“maus amigos”), sofreram, respectivamente, no inferno durante longos períodos de kalpa tão inumeráveis
quanto as partículas de pó de sistemas de grandes mundos”. (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. IV, págs. 200-
201.)
Em relação ao “bom amigo”, o capítulo “Os Feitos Anteriores do Rei Adorno Maravilhoso” do Sutra de Lótus descreve
os dois irmãos, Repositório Puro e Visão Pura, como bons amigos de seu pai, o Rei Adorno Maravilhoso, por
terem-no convertido ao budismo. Esse capítulo define um “bom amigo” como a causa e a circunstância positivas
por meio das quais a pessoa é direcionada e conduzida, capacitando-a a ver o Buda e a manifestar o desejo pela
suprema e perfeita iluminação. Um “bom amigo” é também interpretado como um “bom mestre”, pois essa pessoa
ensina aos outros o correto ensino.
Com certeza, estas citações dos escritos budistas milenares mencionando a existência do “bom amigo” e do “mau
amigo” são, na verdade, alertas para os praticantes do budismo da época atual quanto às influências positivas ou
negativas em nossa prática da fé. Em qualquer época, é importante que saibamos discernir corretamente as influências
que tentam interferir negativamente ou fortalecer nossa prática do Budismo de Nitiren Daishonin para, assim,
jamais sairmos do caminho da felicidade absoluta.

No escrito “Três Mestres Tripitaka Oram por Chuva”, Nitiren Daishonin afirma: “Quando se transplanta uma árvore,
mesmo que soprem ventos violentos, ela não tombará se tiver uma firme estaca para mantê-la em pé. Porém,
mesmo uma árvore que cresceu em um lugar adequado pode cair caso suas raízes sejam fracas. Uma pessoa fraca
não sucumbirá se aqueles que a apóiam forem fortes, mas uma pessoa de considerável força, quando só, poderá
tropeçar num terreno irregular. (...) Portanto, o melhor modo de atingir o estado de Buda é encontrar um zentishiki,
ou bom amigo. Até onde a sabedoria de uma pessoa pode levá-la? Se a pessoa possui sabedoria suficiente
pelo menos para distinguir o quente do frio, deve procurar um bom amigo”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol.
VI, pág. 167.)
A analogia apresentada por Nitiren Daishonin neste trecho do escrito aplica-se perfeitamente à vida de um praticante
budista. Mesmo uma pessoa fraca pode se tornar forte quando possui um bom amigo, um apoio que a estimule
a vencer. Como membros da BSGI, temos a grande boa sorte de estarmos cercados por pessoas que nos
encorajam e nos conduzem constantemente à prática nos momentos de dificuldade, tais como doença, acidentes
ou outros sofrimentos da vida. Pode ser difícil manter a prática por si só, especialmente ao enfrentar as dificuldades.
Por isso, uma boa influência que direcione a pessoa à recitação de Daimoku é fundamental. Nesse sentido,
devemos sempre valorizar os “bons amigos” que nos circundam e que nos incentivam a dar continuidade na prática
da fé.
Na seqüência do escrito citado anteriormente, Daishonin afirma: “Con-tudo, encontrar um bom amigo é algo muito
difícil. Assim, o Buda comparou esse feito à raridade de uma tartaruga de um olho só achar um tronco flutuante de
sândalo com uma cavidade com tamanho certo para comportá-la, ou à dificuldade de se tentar puxar uma linha do
Céu Brahma e passá-la pelo orifício de uma agulha na terra. Além do mais, nestes maléficos Últimos Dias, os
maus companheiros são mais numerosos do que as partículas de pó que compõem a terra, ao passo que a quantidade
de bons amigos é menor do que a de grãos de pó que se consegue amontoar sobre a unha de um dos dedos
da mão”. (Ibidem.)
Sob um outro ponto de vista, o “bom amigo” também pode ser aquele que nos persegue, conforme o Buda Sakyamuni
descreveu no capítulo “Devadatta” do Sutra de Lótus. Ele afirma que Devadatta, seu eterno inimigo, seria
como um “bom amigo” porque, em uma existência prévia, ele o instruiu sobre o Sutra de Lótus. Em seus escritos,
Daishonin também se refere aos inimigos como “bons amigos”, por conduzir as pessoas a fortalecer sua fé e a
persistir na prática budista.(Brasil Seikyo, edição nº 1861, 30/09/2006, página A7.)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A importância da fé

5 Em um diálogo com os jovens, o presidente Ikeda afirmou: “Fé significa eterna esperança; é o segredo para um ilimitado
autodesenvolvimento. A fé é o princípio fundamental para o crescimento... A fé é um assunto de importância
fundamental para nós. Vocês poderão se tornar genuínos sucessores da Soka Gakkai ou grandes líderes do
século XXI somente se estabelecerem em sua vida uma sólida base de forte e inabalável fé. Tudo se resume unicamente
na fé. Ela contém a verdade, a coragem, a sabedoria e a boa sorte. Inclui também a benevolência e a
humanidade, bem como a paz, a cultura e a felicidade.” (Brasil Seikyo, edição no 1.484, 14 de novembro de 1998,
pág. 3.)
A palavra “fé”, escrita em caracteres chineses, tem dois significados: não enganar, isto é, ser autêntico; e não duvidar.
Miao-lo afirma: “O significado da fé integral é que, enquanto a razão é a mãe da fé, a fé é a mãe da prática.”
Assim, a fé no budismo é razão, opondo-se à irracionalidade. Tient’ai afirma: “Crer significa não ter dúvidas.”
Na escritura “Significado da Fé”, Nitiren Daishonin diz: “O que chamamos de fé não é nada extraordinário. Assim
como uma mulher estima seu marido, como um homem dá sua vida pela sua esposa, como os pais não abandonam
seus filhos, ou como uma criança se recusa a deixar sua mãe, da mesma maneira devemos depositar nossa
confiança no Sutra de Lótus, em Sakyamuni, em Taho e em todos os Budas e Bodhisattvas das dez direções, bem
como nos deuses celestiais e divindades benevolentes, e recitar Nam-myoho-rengue-kyo.” (As Escrituras de Nitiren
Daishonin [END], vol. 6, pág. 93.)
Com a sincera fé somos capazes de conquistar tudo. Por meio dela, devemos avançar dia a dia, construir um caminho
seguro, um alicerce sólido.
De toda forma, tendo abraçado o Gohonzon inscrito pelo Buda Original para a felicidade de toda a humanidade, é
de suma importância exercitarmo-nos diariamente na prática tanto individual como altruística para aprofundarmos a
fé, tal como afirma Daishonin na célebre frase de sua escritura “Resposta a Kyo’o”: ”Tudo depende da sua fé. Uma
espada será inútil nas mãos de um covarde. A poderosa espada do Sutra de Lótus deve ser manejada por alguém
corajoso na fé.” (END, vol. 1, pág. 276.)
Se nos empenharmos firmemente, com uma fé destemida, certamente poderemos conquistar a grandiosa vitória
na vida, superando todo o tipo de obstáculos e dificuldades e alcançar a felicidade absoluta. Assim, não teremos
nada do que nos arrepender no futuro.

No Budismo de Nitiren Daishonin a prática da fé é exercitada em meio à própria vida diária. Por isso, mantê-la sem
negligenciá-la não é uma tarefa fácil. Num diálogo com jovens o presidente Ikeda afirmou: “Talvez não haja nenhuma
prática mais difícil do que a da continuidade. Todavia, se desafiarmos para realizá-la um pouquinho mais a
cada dia, sem perceber teremos construído um caminho para a felicidade nas profundezas da nossa vida; teremos
construído um sólido dique que impedirá de sermos arrastados para a infelicidade.” (Brasil Seikyo, edição no
1.484, 14 de novembro de 1998, pág. 4.) Em outras palavras, o ponto fundamental para conquistarmos a verdadeira
felicidade está justamente na continuidade da prática da fé por meio do desafio diário de avançar mesmo que
seja um passo por vez.
Em uma de suas escrituras enviadas a Shijo Kingo, Daishonin afirma: “Muitas pessoas ouvem e abraçam este sutra,
mas quando assim o fazem, ocorrem dificuldades e somente um pouco delas podem continuar em sua fé. Aceitá-
la é fácil, mas mantê-la é difícil. Porém, a iluminação encontra-se no ato de mantê-la.” (As Escrituras de Nitiren
Daishonin [END], vol. 1, pág. 279.)
São várias as orientações que o presidente Ikeda vem dando com relação à importância da continuidade da prática,
certa vez ele disse que “o estabelecimento de uma fé resoluta que não vacila sob nenhuma circunstância é o
mais importante. Em outras palavras, o objetivo essencial da profunda fé é desenvolver uma fé inabalável e uma
personalidade sólida, bem como construir um modo de vida e uma conduta igualmente sólidos. Fundamentados
nessa base de fé inabalável, devem ser flexíveis com relação à maneira de empenhar-se para promover ainda
mais o Kossen-rufu, efetuando todas as espécies de atividades a fim de transformarem as dificuldades (veneno)
em fontes de crescimento (remédio)”.
E Nitiren Daishonin também afirma na escritura “Resposta ao Lorde Ueno”: “Atualmente, existem pessoas que têm
fé no Sutra de Lótus. Entretanto, alguns crêem como chamas ardentes, enquanto outros, como água corrente.
Quando os primeiros ouvem sobre o budismo, entusiasmam-se como o fogo, mas quando se afastam são dominados
pela mente disposta a abandonar a fé. ‘Como água corrente’ significa crer continuamente sem nunca retroceder.
Como o senhor freqüentemente tem me visitado independentemente das circunstâncias, sua fé é comparável
à água corrente. Quão digno de respeito!” (END, vol. 1, pág. 419.)
A analogia da prática da fé com “chamas ardentes” refere-se às pessoas que se entusiasmam com o budismo no
início mas logo esmorecem diante da realidade da vida diária. Em contrapartida, a fé de “água corrente” caracteriza-
se pela busca contínua do auto-aprimoramento por meio da recitação diária do Gongyo e do Daimoku e de ações
para aplicar o poder da oração nas questões do cotidiano. Portanto, a fé de “água corrente” é consolidada pelos
desafios da vida diária e manifesta-se no empenho em resolver as questões pessoais, como relacionamento
familiar, dificuldades econômicas ou de trabalho, dedicando-se ao mesmo tempo nas atividades da organização
em prol do Kossen-rufu.                                               Fonte:(Brasil Seikyo, edição nº 1666, 07/09/2002, página A6.)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Como fazer o Daimoku.

seiza[1]

A oração budista é o MANTRA, no caso do budismo de Nitiren Daishonin é o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo.

Existem vários tipos de meditação, a silenciosa e a chantting, que é a repetição de mantra.

Por isso quando recitando o mantra, você pode dizer que está orando, meditando ou fazendo Daimoku.

Existem 2 tipos de benefícios que se manifestam com a Prática Budista:

Visíveis - que muitas vezes parecem milagres, mas não são! É apenas a reação do seu Meio Ambiente a sua Mudança de Vibração.

Ex: Uma oferta de emprego, uma quantia em dinheiro que vc precisava desesperadamente, uma oportunidade de estudos, um convite para um show, um presente inesperado, etc.

Invisíveis - são as mudanças internas que ocorrem no indivíduo devido a Prática Budista. É a sua Revolução Humana!

Ex: Após algum tempo de Prática, você percebe que os problemas já não te stressam ou te trás insegurança como antes; a rotina de trabalho que antes te entediava se transforma numa oportunidade de criação valor,etc. A sua mudança interna lhe proporciona POSITIVISMO, LIBERDADE, AUTO-ESTIMA, CORAGEM e acima de tudo SABEDORIA!

A sua energia muda completamente e a sua vibração positiva e construtiva é percebida pelas pessoas ao seu redor!

Local: Sente-se em frente ao seu Gohonzon (pergaminho budista e objeto de devoção) ou em frente a uma parede caso você não tenha o Gohonzon ainda.

É importante ter o Gohonzon pois este estimula a budicidade inerente dentro de nós, é um aspecto místico do budismo, onde o nosso SER entende a mandala (Gohonzon) e manifesta o estado de buda que existe dentro de cada um de nós.

Postura: Sente-se ereto, em uma cadeira ou no chão. O importante é manter uma boa postura para que a energia possa circular. Como trabalhamos com energia, um bom Daimoku esquenta muito o nosso corpo (calor)!

Cuidado com a postura de “pedinte” lembre-se de que nós somos criadores, criamos a nossa própria realidade.

Tenha uma postura guerreira de alguém que está aqui para fazer a diferença na sociedade.

Em muitos textos você verá a palavra - pedidos ou pedir, porém para nós budistas isso significa determinar os objetivos. Nós somos criadores, por isso realizamos os nossos desejos, não temos um deus personificado a quem recorrer.

Somos responsáveis e criamos o nosso próprio destino!

Faça o daimoku com os olhos abertos, olhando para o “coração” do Gohonzon (onde se localiza o Myoho) ou escreva em um cartão o seu desejo e faça o daimoku olhando para ele.

Ex: Um emprego, ter mais energia/disposição, ter mais paciência, uma casa nova, um amor, a solução de um determinado problema, cura de uma doença, melhorar nos estudos, ler mais, fazer um curso de.., etc.

Caso não tenha um objetivo claro, seguem algumas sugestões:

- Eu sou capaz de manifestar o meu Maximo potencial em tudo que faço e nas minhas relações com as outras pessoas.

- Todos estão em paz e felizes na minha família!

- Quero fazer a diferença na vida de alguém hoje!

Lembrando que a realização das nossas metas dependem da elevação do nosso estado de vida, da nossa vibração, e sendo assim da nossa sintonia com o Universo.

A recitação do Mantra faz emergir de dentro de nós a sabedoria para esta reforma interna e principalmente nos faz visualizar os caminhos para a realização das nossas metas. Mas, como disse antes, NÃO existem milagres, e sim muita coragem, sabedoria, determinação e ESFORÇO.

Recite o mantra em voz alta e sinta a vibração das vogais no seu corpo.

Cuidado para não recitar muito alto e incomodar as outras pessoas da casa.

Mãos: devem ficar juntas na altura do pescoço e se preferir, você pode segurar o juzu (“terço” budista) ou não.

Como fazer os pedidos:

1-Precisamos agradecer as coisas pelas quais devemos ter gratidão.

2- Agradecer por aquilo que não nos evoca gratidão de forma nenhuma.

3-Agradecer o futuro.

Orando neste modo nos sentiremos absolutamente fortes, de outro modo, pode acontecer que mesmo recitando uma hora de daimoku, com força, nos sentiremos cansados e acabados no final.

Existem pessoas que de repente, no meio da recitação, sentem vontade de limpar o oratório, ou pior, que se levantam rápido como se tivessem lembrado de alguma coisa importante – começando a arrumar certas coisas, enquanto a boca recita daimoku, e depois voltam a sentar na frente do oratório, como se nada tivesse acontecido.

Isso ocorre por que usam o hemisfério esquerdo do cérebro para recitar.

É indispensável usar o hemisfério direito do cérebro pra recitar o mantra.

Usando o hemisfério direito será fácil recitar muito daimoku.

Vejamos mais sobre isso a frente, no decorrer do texto.

O primeiro grau da gratidão inclui a oração, por isso temos que agradecer.

Não è bom orar deste jeito: “ Por favor Gohonzon, me ajude”. Isso è lamentação do hemisfério esquerdo do cérebro e faz parte do inconsciente coletivo. Em quase todas as religiões se ora assim. Temos que parar de fazer deste jeito, ao contrario, lembrar tudo o que temos a agradecer, tipo esta coisa linda me aconteceu, esta pessoa me apoiou, coisa por coisa, uma depois da outra, não importa quanto pequenas possam parecer, tornaram todas as lembranças positivas e agradeceremos por isso.

Podemos repetir varias vezes o mesmo tipo de agradecimento, nos sentiremos imediatamente melhores, por que estimulamos o hemisfério direito.

O segundo grau da oração da gratidão è aquilo que não nos causa gratidão.

Por exemplo se tiverem uma doença orem com profunda gratidão a esta doença: “ Sou profundamente agradecido pois desta maneira poderei mudar meu Karma definitivamente”. Recitar com esta compreensão ate para os problemas do seu casamento, relacionamento com filhos, com problemas de relacionamento ou desemprego. Por todas as dores e sofrimentos agradecer deste modo. não devemos orar “ Por favor Gohonzon que eu possa curar minha doença, me ajude a ver isso ou aquilo.” Este tipo de oração que suplicamos a graça não ajuda pois nasce da lamentação. A oração durante a recitação do Daimoku, deve nascer da gratidão. Assim se obterá a resposta.

Se tiverem uma vizinha antipática, recitem; “ Obrigada vizinha de coração”, este comportamento faz ultrapassar os limites do inconsciente coletivo que vem sendo passado de geração a geração, dizendo budisticamente, o seu próprio karma da suas gerações.

O psiquiatra suíço Jung também confirmou que este comportamento è determinante.

Na terceira fase devemos agradecer nosso futuro.

Precisamos imaginar o próprio futuro como desejamos .

Não importa se o seu medico disse que a sua doença não tem cura.

Você vai decidir que vai ser curado e seu médico terá sabedoria para ajudá-lo.

Façam um passo a frente e recitem “ a minha doença já foi curada”. Jung disse que ter um fato como já ocorrido è o mais eficaz.

Agradeça o que você “pediu” ao Gohonzon e veja a situação já realizada – Vivencie o seu desejo!

Podemos também fazer o Mantra para outras pessoas, para elas a gente determina Sabedoria, Saúde, Felicidade e Boa Sorte. NUNCA deseje nada além disso!

Imagine as metas sendo realizadas, a sua Alegria e Emoção com a concretização dos seus projetos. Assim você ativará o hemisfério DIREITO do Cérebro que é imprescindível para nos harmonizar com o Universo. Sempre manifeste gratidão e alegria durante a recitação do Daimoku.

Normalmente após 5 dias de recitação (5 min pela manhã e noite) você terá alguns benefícios invisíveis e/ou visíveis e a prova real do Sutra de Lótus na sua vida!

Os benefícios se manifestam de 4 formas na nossa vida:

1. No primeiro caso, referem-se a momentos onde enfrentamos uma dificuldade muito séria e a nossa oração é atendida imediatamente. Encontramos uma solução para o problema!
2. No segundo caso, as nossas orações fortes e específicas não conduzem necessariamente a um benefício imediato ao em vez disso, vão se acumulando e aparecendo gradualmente na nossa vida!
3. Quanto ao terceiro caso, devido a boa sorte acumulada através da prática constante, a nossa vida é purificada naturalmente, abrindo caminho para a realização de todos os nossos desejos.
4. Por fim, os benefícios latentes acumulados através da firme prática aparecem justamente num momento crucial da nossa vida a fim de nos proteger de algo/alguém!
O importante é continuar recitando com fé que as coisas vão acontecendo no seu devido tempo. Podemos deixar que o Universo se encarregue do "como" e "quando!!!

Tenha uma prática como água corrente, faça o mantra (medite) todos os dias pela manhã e noite.

Comece com 5 min pela manhã e noite e depois vá aumentando até chegar a 30min pela manhã e noite.

Farei que meu Daimoku inunde o universo inteiro, assim como também os trilhões de células do meu corpo.”

Milhões de Daimoku são recitados a todo o momento pelos membros da SGI do mundo. Garantirei que a qualidade do meu conste entre os 50 melhores. Aplico resoluta determinação e toda minha energia positiva, e direciono meu Daimoku para trabalhar diligentemente pelos meus objetivos, sem um momento de descanso.

Não há dúvida de que meu Daimoku pode alcançar ou viajar a qualquer lugar. Portanto, como pode não acertar o alvo que determinei?

Tento recitar Daimoku com uma forte determinação (itinen), como uma afiada e poderosa espada, com a força do rugido de um leão, confiando em fazer estremecer, movimentar e tocar o universo.

Sem ter encontrado um problema verdadeiro e devastador, nunca é fácil para mim recitar Daimoku com o sentimento de extrema urgência de uma situação de vida ou morte. Percebo de que só mediante tal sentimento de extrema urgência posso experimentar o tipo de Daimoku profundo que move o céu e a terra. Mas, nem por toda a minha vida, quero trocar meu bem-estar e saúde por esta experiência, ainda que realmente necessito saber como é orar dessa maneira.

Faz quatro anos, fiquei sabendo por um jornal da televisão que quatro estudantes universitários tinham ficado soterrados numa avalanche. Três deles foram resgatados três horas mais tarde, mas um morreu. Mantendo a tragédia na minha mente, durante minha oração, comecei a visualizar o acidente. Imaginava-me aprisionada dentro da espessa neve. Não estava certa se alguém sabia onde eu estava quando ocorreu a avalanche. Tinha pouco ar e podia congelar-me até morrer em pouco tempo. O que podia fazer para sair dalí antes de que fosse tarde de mais? Era agora ou nunca.

Pensando assim, finalmente pude recitar um Daimoku capaz de derreter a neve em segundos.

Se você pensar que pode ou que não pode de qualquer modo você estará certo.

Muitas pessoas não se permitem “pedir” o que realmente desejam porque não vislumbram como isso pode se concretizar.

Não tentem entender como isso é feito, apenas acredite que efetivamente será feito.

Se você fizer uma pesquisa verá que todos os que já conquistaram algo na vida não sabiam como o fariam, mas tinham a certeza interior de que iriam fazê-lo.

Você não precisa saber como as coisas virão, você atrairá o caminho.

O “como fazer”é domínio do universo, que conhecer o caminho mais curto, mais rápido e mais harmonioso entre você e o seu sonho.

Se você enviar o seu sonho ao universo, vai se surpreender e deslumbrar-se com os resultados.

É quando a magia e a boa sorte acontecem.

Todas as forças do universo respondem aos seus pedidos.

O universo se reorganiza para fazer com que as coisas aconteçam para você.

Lembrem-se: A prosperidade é um direito de todos e o caminho para a paz mundial!

Tudo na vida têm o seu preço!

Para continuar obtendo os Benefícios do Sutra de Lótus, você precisa fazer a sua Revolução Humana (o ambiente em que você vive é espelho do seu interior).

Por isso, Determine durante a recitação do mantra que terá mais Benevolência, Compaixão, Paciência e irá empreender um esforço genuíno para se melhorar como Ser Humano.

Seja o responsável pelo seu futuro, seja o dono do seu DESTINO!

Textos:

A freqüência do universo - Sr. Akio Nakano, vice responsável da divisão educadores da prefeitura de Chiba.

Recite um Daimoku que estremeça o universo - Jeanny Chen, Saratoga, California.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Lei da Causalidade, uma Fonte de Esperança

Meloisa_75 A Lei da Causalidade, uma Fonte de Esperança
Com base na Lei de Causa e Efeito, podemos moldar nosso futuro aqui e agora.
Como as nossas ações afetam outros? Levamos em consideração o efeito que nossas ações terão, não apenas num
futuro próximo, mas também sobre nossos filhos e futuras gerações? Além disso, levamos em consideração como nossos
pensamentos, palavras e ações durante esta vida nos afetarão nas próximas vidas? Causa e efeito geralmente diz respeito
ao princípio de que ações no presente originam situações, circunstâncias e outros fenômenos em algum momento no
futuro.
As funções de causa e efeito são mais ou menos evidentes no mundo físico mas podem não ser tão óbvias na vida de um
ser humano.
Um texto budista define: “Se você quiser entender as causas que existiram no passado, observe como os resultados estão
manifestados no presente. E se você quiser entender quais resultados se manifestarão no futuro, observe as causas que
existem no presente ” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 279).
Isto demonstra a lei de causa e efeito que transpõe passado, presente e vidas futuras. O Budismo explica que as causas
são feitas através de pensamentos, palavras e ações. O acúmulo de tais causas é geralmente citado como carma, o qual
significa "ação". Resumindo, boas causas criam bons resultados, enquanto causas ruins acarretam em resultados ruins.
Conseqüentemente, as circunstâncias nas quais nos encontramos hoje são vistas como resultado de várias causas criadas
no passado. Ao invés de tornar-se obcecado em tentar descobrir porque uma situação específica ou circunstância
apresenta-se em sua vida, o budismo ensina a importância de focar o momento presente e fazer causas a partir deste
momento em direção a um futuro mais radiante e feliz.
Basicamente, ao invés de permanecermos conformados com as circunstâncias do nosso carma, podemos nos tornar
capazes de mudar nossas tendências e nosso futuro.
Em A Sabedoria do Sutra de Lótus, o presidente Ikeda, da SGI, explica que esta lei de causa e efeito é a base da crença e
da prática budista. Ele afirma: “Se o ponto da causalidade for simplesmente ignorado, então não
estaremos falando de budismo. É exatamente esta explicação de causa e efeito que diferencia um ensinamento como
budista, enquanto a ausência da causalidade denota um ensinamento não-budista” (vol. 5, pág. 162).
O propósito central da prática budista é transformar nossas tendências básicas da vida para desvendar nosso potencial
superior como seres humanos, nosso estado de Buda e para ajudar outros a conquistarem o mesmo. A partir deste ponto de
vista, a prática budista pode ser considerada a causa enquanto o efeito será atingir o estado de Buda.
Com base no Sutra de Lótus, Nitiren Daishonin revelou o princípio da simultaneidade de causa e efeito. A flor de lótus —
o rengue de Nam-myoho-rengue-kyo — difere de tantas outras flores no sentido que semeia novas flores ao mesmo tempo
em que floresce. Ao recitar Nam-myoho-rengue-kyo e praticar a filosofia de vida do Sutra de Lótus como ensinado por
Nitiren, criamos a causa para alcançar o estado de Buda e manifestar o efeito de simultaneamente  despertar o estado de
Buda dentro de nós mesmos.
Isto pode parecer diferente do que vivenciamos em nosso ambiente físico imediato ou do mundo perceptível onde parece
existir uma lacuna entre o início de uma ação e seu resultado. Entretanto, como o budismo de Nitiren ensina que todos os
fenômenos existem em um único momento de vida, causa e efeito são simultâneos. Ao contrário de outros ensinamentos
budistas onde atingir o estado de Buda só pode ser atingido vida após vida, Nitiren ensina que podemos atingir o estado de
Buda aqui e agora, neste momento, nesta vida.
Na carta “A Entidade da Lei Mística,” Nitiren escreve: “Quando o sábio estava observando o princípio e designando
nomes para todas as coisas, ele percebeu que existia esta maravilhosa Lei única [myoho] que simultaneamente abrangia
tanto causa quanto efeito [rengue], e que ele chamou de Myohorengue. Esta Lei única que é Myoho-rengue, abrange
dentro de si, todos os fenômenos, engloba os Dez Mundos e os três mil reinos, e se faz presente em cada um deles.
Qualquer um que pratique esta Lei obterá ambos, tanto a causa quanto o efeito do estado de Buda, simultaneamente”
(END-1, pág. 421.) Tradução não-oficial.
Quando recitamos Nam-myohorengue-kyo, podemos instantaneamente ativar nosso estado de Buda inato. Além disso, a
cada momento que nos esforçamos para desenvolver nossa fé na Lei Mística, estamos criando a causa que revela o estado
de vida de Buda. E quando nossos pensamentos, palavras e ações expressam este estado de vida iluminado, eles tornamse
causas que contribuem para nossa própria felicidade e a de outros, a partir deste momento e por toda a eternidade.
Preparado por Rika Hagiyama para o Departamento de Estudos da SGI-EUA.
A lei de causa e efeito é a base de crença e prática do budismo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

As 9 Conciências Do Budismo.

images Os cinco primeiros tipos: são percepções sensoriais obtidas diretamente pelos cinco órgãos dos sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato.
Da sexta à nona consciência: estão as funções perceptivas da mente.
A sexta consciência: é o poder que integra os cincos sentidos e faz um julgamento de forma inclusiva. Por exemplo, diante de um objeto bonito, mas de péssimo odor, temos a tendência de rejeitá-lo imediatamente.
A sétima; denominada manas em sâncrito, representa o poder do pensamento. Em vez de criar um julgamento sobre o que foi percebido pelos cinco sentidos, nessa consciência procuramos encontrar uma certa ordem à luz das experiências vividas e das circunstâncias externas. Em outras palavras, é nessa consciência que existe a manifestação da razão, que é característica apenas dos seres humanos. Como resultado dessa consciência, manifestam-se os valores, conceitos e princípios que herdamos de outras pessoas, como nossos ancestrais, e o que aprendemos no dia-a-dia ou desenvolvemos pela busca de conhecimentos. Assim, por meio dessa consciência, manifesta-se a característica do ego, da discriminação, do auto-apego etc.
A oitava: consciência é chamada de alaya, em sâncrito, e corresponder ao que a psicologia moderna denomina deinconsciente. Na consciência alaya, que significa repositório em sânscrito, acumulam-se todas as experiências vividas na forma de ações, pensamentos e palavras, do passado ao presente, ou seja, o carma. Dessa forma, mesmo que uma pessoa não se lembre do que fez em um passado próximo ou distante, tudo fica registrado nessa consciência e, de acordo com a lei da causalidade, não pode escapar da manifestação dos efeitos de todas as causas acumuladas.
Por fim, a nona: consciência, denominada amala em sânscrito, significa imaculada. Ela encontra-se na parte mais profunda da vida humana, livre das impurezas que o indivíduo possa trazer como resultado de suas ações passadas e acumuladas na oitava consciência. Nitiren Daishonin elucida essa nona consciência como sendo o próprio estado de Buda, que se estende eternamente do infinito passado ao infinito futuro na vida de todas as pessoas. Texto tirado do Buda na Web.

Os Dez Fatores Da Vida.

Dez fatores da vidaO significado dos dez fatores pode ser resumido da seguinte forma: 1) aparência (nyo ze so): a manifestação externa da vida; 2) natureza (nyo ze sho): o aspecto mental ou espiritual da vida; 3) entidade (nyo ze tai): a totalidade da vida, que consiste de aparência e natureza; 4) poder (nyo ze riki): a energia inerente; 5) influência (nyo ze sa): a ação dirigida ao exterior; 6) causa interna (nyo ze in): a causa direta para algo ocorrer; 7) relação (nyo ze en): as causas ou condições que ativam a causa interna; 8) efeito latente (nyo ze ka): o resultado produzido (nas profundezas da vida) pela causa interna e a relação; 9) efeito manifesto (nyo ze ho): a manifestação concreta e perceptível do efeito latente; 10) consistência do início ao fim (nyo ze honmatsu kukyoto): a perfeita integração desses nove fatores em cada momento da vida.

Os dez fatores podem ser classificados da seguinte forma: os três fatores da aparência, da natureza e da entidade explicam a composição essencial de todos os fenômenos. Os seis fatores do poder, da influência, da causa interna, da relação, do efeito latente e do efeito manifesto analisam as funções e o modo como operam todos os fenômenos. E a consistência do início ao fim indica que os nove fatores, desde a aparência até o efeito manifesto, possuem uma relação coerente e consistente.
Neste trecho, cada fator é antecedido pelo termo nyo ze (literalmente, “é como”)...
Permitam-me explicar os dez fatores por meio de um exemplo. A sua própria existência é um “fenômeno”. Suas feições fisionômicas, postura e assim por diante constituem a “aparência” do “fenômeno” que é sua vida.
Além disso, o que existe em seu coração, embora invisível aos olhos, tais como traços de sua personalidade — tolerância, impaciência, gentileza e discrição — ou os vários aspectos de seu temperamento, constituem sua “natureza” (nyo ze sho). Sua totalidade física e espiritual, ou seja, sua “aparência” (nyo ze so) e sua “natureza” (nyo ze sho) juntas formam sua “entidade” (nyo ze tai), a pessoa que você é.
Da mesma forma, sua vida tem várias energias (“poder”), e elas produzem várias ações externas (“influência”). Além disso, sua própria vida passa a ser uma causa (“causa interna”) que, ativada por condições internas e externas (“relação”), gera mudanças em si mesma (“efeito latente”), e em seu devido momento esses efeitos latentes manifestam-se de forma concreta (“efeito manifesto”).
Esses nove fatores também ligam sua vida e seu ambiente sem nenhuma omissão nem inconsistência (“consistência do início ao fim”). Esse é o verdadeiro aspecto dos dez fatores de sua vida...
As pessoas em cada um dos dez mundos ou estados são dotadas com os dez fatores de acordo com seu estado de vida. Por exemplo, as pessoas no estado de Inferno têm a aparência obscura e depressiva de alguém oprimido pelo sofrimento. Como sua natureza é cheia de sofrimento e ódio, seu poder e influência tendem a também envolver na escuridão aqueles que estão ao seu redor...
Do mesmo modo, cada um dos dez mundos tem seus próprios fatores... e há consistência do início ao fim.
(Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, págs. 119–121.)

Os Dez Estados De Vida.

cbia3 Os Dez Estados (Jikkai) indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida.

1. Estado de Inferno (Jigoku): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda”, Nitiren Daishonin diz: “A raiva é o estado de Inferno.”(The Major Writings of Nichiren Daishonin [MW], vol. 1, pág. 52.) Essa é uma condição em que a pessoa, dominada pelo impulso da raiva, é levada a destruir e criar a ruína para si e para os outros. Resumindo, esse estado é representado pelo sofrimento e desespero extremos.

2. Estado de Fome (Gaki): Consta na mesma escritura: “A ganância é o estado de Fome.” Essa condição é dominada por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.

3. Estado de Animalidade (Tikusho): Essa escritura diz ainda: “A insensatez é o estado de Animalidade.” Nesse estado, segue-se a força dos desejos e dos instintos, sem ter sabedoria para controlar a si próprio.

4. Estado de Ira (Shura): “A maldade é o estado de Ira.” Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros.

5. Estado de Tranqüilidade (Nin): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda” consta: “A serenidade é o estado de Tranqüilidade.” Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.

6. Estado de Alegria (Ten): “A felicidade é o mundo da Alegria.” É uma condição de contentamento e alegria sentidos quando a pessoa se liberta do sofrimento ou satisfaz algum desejo.

7. Estado de Erudição (Shomon): Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Por outro lado, o estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.

8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma4. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.

9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): Estado de compaixão em que um indivíduo devota-se à felicidade dos outros mesmo que tenha de fazer sacrifícios. As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.

10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a realidade máxima da própria vida, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper. O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final; ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária. Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolentes.

Texo retirado do Estado de Buda

Budismo: A Alegria da vida.

h0150b4 O Budismo chegou ao Brasil com os primeiros japoneses. Existem várias ramificações dessa religião, e cada um trouxe a sua. Mas em Santos espalhou-se o Nitiren Shoshu, ou Budismo de Nitiren Daishonin (Buda), que hoje conta com cerca de mil famílias adeptas, das quais 90 por cento são brasileiras.

O adepto do Nitiren Shoshu aprende a viver a vida com alegria e ultrapassar qualquer problema, baseando-se na Lei de Causa e Efeito (Nam Miocho Rengue Kyo). A recitação dessa lei faz com que as pessoas se tornem felizes, sanando seus problemas espirituais e até curando doenças, desarmonia doméstica ou dificuldades financeiras.

Cada família tem o seu altar, onde está consagrado o objeto de adoração - o gohozon (um pergaminho com o Nam Miocho Rengue Kyo). Ali são feitas as cinco orações da manhã e as três orações da noite, que levam de 25 a 30 minutos, todos os dias, e também é praticado o dedaimoku (recitação do Nam Miocho Rengue Kyo), na posição correta.

amp

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O que é o Juzu...

juzu a

1 - 100 - Revela o itinen sanzen. 100 = Dez Estados de Vida x Possessão Mútua dos Dez . Estados de Vida.
2 - 1.000 - Revela o itinen sanzen. 1.000 = Dez Estados de Vida x Possessão Mútua dos Dez . . Estados de Vida x Dez Fatores.
3 - CONTA-PAI - Tesouro do Buda - Nitiren Daishonin - Sabedoria subjetiva - Lei
4, 5, 6, 12 - QUATRO CONTAS MENORES - Tesouro do Sacerdote - Quatro Bodhisattvas - . . . Quatro virtudes de eternidade, felicidade, verdadeira identidade e pureza - Quatro . . . . elementos: terra, água, fogo e vento
7 - CONTA-MÃE - Tesouro da Lei - Myoho-rengue-kyo - Realidade objetiva - Mística
8 - Pingente.
9 - 10 - Revela o itinen sanzen (Dez Estados de Vida).
11 - Repositório dos benefícios.
13 - O cruzamento do juzu significa transformar os Três Caminhos (desejos mundanos, carma . . e sofrimento) em Três Virtudes (Propriedade da Lei, sabedoria e emancipação ou liberdade).
10, 14 - O comprimento do cordão entre o repositório e o pingente revela o desejo do praticante pelos benefícios.
Os benefícios que transbordam do repositório passam pelo cordão e enchem o pingente. Isso significa que os benefícios ficam retidos, ou seja, ficam acumulados. Quanto ao ato de esfregar o juzu, não há significado. Algumas pessoas fazem isso por ansiedade, para manter a concentração ou apenas por hábito. Em relação à posição para colocar o juzu nas mãos é apenas uma convenção, ou seja, colocamos o juzu com o cordão com três pingentes na mão direita e com os dois pingentes na mão esquerda por formalidade. O importante é realizar a prática de forma correta e prazerosa, utilizando seus acessórios sem mistificá-los.

domingo, 19 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

Um Navio Para Atravessar o Mar do Sofrimento

 

images a

“Nos últimos dias da Lei, o devoto do Sutra de Lótus surgirá infalivelmente. Quanto maiores sofrimentos  lhe sobrevêm, maior a alegria que ele sente, devido à sua forte fé. O fogo não queima mais vivamente quando se adiciona lenha? Todos os rios fluem para o mar. Entretanto, a sua abundância faz com que os rios retrocedam? As correntezas do sofrimento desaguam no mar do Sutra de Lótus e precipitam-se contra o seu devoto. O rio não é rejeitado pelo oceano, nem o devoto recusa o sofrimento. Se não houvesse os rios fluentes não haveria mar. Do mesmo modo, sem adversidades não haveria devoto do Sutra de Lótus.

Uma passagem do Sutra de Lótus diz: ‘…como se a pessoa tivesse encontrado um navio para fazer a travessia’. Esse ‘navio’ poderia ser descrito da seguinte forma: O Lorde Buda, um construtor de navios de sabedoria infinitamente profunda, coletou a madeira dos quatro sabores e oito ensinos, projetou-o descartando honestamente os ensinos provisórios, cortou e mostrou os bordos, usando tanto o certo como o errado, e completou a embarcação usando os pregos do ensino único, supremo. Deste modo, ele lançou o navio ao mar do sofrimento. Largando as velas das três mil condições sobre o mastro da doutrina do Caminho Médio, impelido pelo favorável vento de ‘todos os fenômenos revelam a verdadeira entidade’, a embarcação navega à frente, transportando todos os praticantes que conseguem penetrar no Estado de Buda através da sua pura fé. O Buda Shakyamuni e o timoneiro, o Buda Muitos Tesouros, maneja as velas, e os quatro Bodhisattvas liderados por Jogyo (Práticas Superiores) movem harmoniosamente os remos rangentes. Esse é o navio de ‘um navio para fazer a travessia’, a embarcação do Myoho-Rengue-Kyo. Aqueles a bordo dele são os discípulos e seguidores de Nitiren.”

Nitiren Daishonin em Um Navio Para Atravessar o Mar do Sofrimento, em 1280.

As Escrituras de Nitiren Daishonin, Vol. III.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Kossen-rufu

sensei

Kossen significa “declarar amplamente”, ou seja, ensinar a filosofia budista às pessoas, ru (fluxo), de rufu, corresponde a “uma corrente como a de um grande rio” e fu (tecido) significa “espalhar-se como um rolo de tecido”.

No passado, muitas religiões eram praticadas somente por uma determinada casta ou tribo. Em contraste, uma verdadeira religião transcende as diferenças de raça ou etnia por visar à verdade universal do ser humano. Uma religião como essa tem condições de ser amplamente aceita e proporcionar felicidade à humanidade. Esse é o caso do Budismo de Nitiren Daishonin.

Segundo o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, o Kossen-rufu flui livremente para toda a humanidade como um rolo de tecido, composto por linhas verticais e horizontais, que vai sendo desenrolado e se espalha cobrindo tudo. As linhas verticais representam a transmissão do ensino de mestre para discípulo, de pai para filho, de veterano para novato. As linhas horizontais, a transmissão imparcial desse ensino, transcendendo as fronteiras nacionais, as classes sociais e todas as demais distinções. Portanto, Kossen-rufu é um movimento para transmitir o caminho supremo que conduz à felicidade e o mais elevado princípio de paz fundamentado no ensino de Nitiren Daishonin.

No Sutra de Lótus consta a predição de que após o declínio do Budismo de Sakyamuni, a Grande Lei seria revelada e propagada pelo mundo inteiro. Ao ouvir essa declaração, os discípulos de Sakyamuni e os bodhisattvas de outros mundos solicitaram a ele que lhes confiasse a missão de propagar a Lei no futuro. Porém, Sakyamuni recusou o pedido dizendo que eles não estavam qualificados a propagá-la, pois não conseguiriam resistir às extremas adversidades que estavam por vir. Foi nesse exato momento que uma multidão incalculável de bodhisattvas emergiu da terra. Eram os bodhisattvas a quem Sakyamuni havia confiado a missão de propagar a Lei.

Em exata conformidade com a profecia do Sutra de Lótus, quando os ensinos de Sakyamuni e sua prática haviam se tornado ineficazes ou perdido o poder de salvar as pessoas, Nitiren Daishonin estabeleceu o Verdadeiro Budismo, identificando o Nam-myoho-rengue-kyo como a Lei a ser declarada e propagada amplamente nos Últimos Dias da Lei. Ele incorporou sua vida iluminada na forma de um objeto de devoção, o Dai-Gohonzon. “Este Dai-Gohonzon”, ele proclamou, “foi concedido a todas as pessoas, visando à paz e felicidade de toda a humanidade.” Daishonin já havia inscrito outros Gohonzon que foram concedidos individualmente a seus seguidores, mas somente o Dai-Gohonzon foi especificamente inscrito, no dia 12 de outubro de 1279, como o objeto de devoção para as pessoas do mundo inteiro.

Nitiren Daishonin inscreveu o Dai-Gohonzon com a convicção de que todas as pessoas abraçariam a fé nele. Isso é chamado de “Kossen-rufu da entidade da Lei” (Keko no Kossen-rufu ou Hottai no Kossen-rufu). Quando a maioria das pessoas no mundo inteiro recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, o Kossen-rufu será efetivado. Esse tempo é chamado de “Kossen-rufu da substanciação” (Kossen-rufu de Kegui) ou da ampla aceitação da fé. O próprio Nitiren Daishonin já havia realizado o Kossen-rufu da entidade da Lei ao inscrever o Dai-Gohonzon. Dessa forma, o Kossen-rufu da substanciação, ou seja, a propagação dos ensinos do Buda, é a missão de seus discípulos.

O termo Kossen-rufu consta no 23º capítulo do Sutra de Lótus, Yakuo Bosatsu Honji (Os Feitos Anteriores do Bodhisattva Rei dos Remédios), que declara: “Nos quinhentos anos após minha morte, realizem o Kossen-rufu mundial e jamais permitam que seu fluxo cesse.”

Esse feito corresponde ao cumprimento do juramento dos Bodhisattvas da Terra, conforme afirma a frase: “A princípio somente Nitiren recitou o Nam-myoho-rengue-kyo, mas então duas, três e cem o seguiram, recitando e ensinando outras pessoas. Isso acontecerá também no futuro. Não é isso ‘emergir da terra’? Sem dúvida, no tempo do Kossen-rufu a nação japonesa inteira recitará o Nam-myoho-rengue-kyo. Isso é tão certo quanto uma flecha mirar a terra e nunca errar o alvo.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 367.)

O termo Kossen-rufu é comumente traduzido por paz mundial, porém seu significado, como já visto, vai muito mais além, pois a paz não é simplesmente ausência de guerra. Para que a paz na sociedade e no mundo torne-se realidade é preciso que as pessoas vençam o preconceito, a ganância e o desejo de querer dominar tudo e a todos que as rodeiam. A única forma de conseguir isso é por meio da auto-reforma, ou da revolução humana, fundamentada na prática budista. E é exatamente essa idéia que o presidente Ikeda transmite no prefácio da Revolução Humana, romance de sua autoria: “A revolução humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade.”

sábado, 11 de julho de 2009

O que significam os oferecimentos e outras formalidades no Budismo

O Budismo de Nitiren Daishonin

Essencialmente, o budismo é o ensino que nos capacita a manifestar nosso inato estado de Buda. E o objetivo da prática budista é estabelecer o estado de Buda como nossa condição de vida básica. O princípio que torna esta realidade possível, é conhecido como Lei. Enquanto, as formalidades budistas são meios para que possamos alcançar tal realidade e possamos expressar nossa gratidão por ter descoberto a forma de alcançá-lo.
Embora a Lei não seja uma criação humana, as formalidades são. Assim, podemos dizer que a Lei foi descoberta, enquanto as formalidades foram criadas no decorrer da história do budismo. Por esta razão, podemos seguir como diretrizes o tema formalidades no Budismo com as seguintes passagens do gosho de Nitiren Daishonin, "O mais importante é o coração" e "A fé é o que realmente importa".
Em toda a história budista, as mentes e corações das pessoas são expressas através do comportamento em oferecer em prol do Buda e do budismo. Com este sentimento, devemos lembrar estes pontos-chaves quando realizamos oferecimentos ao Gohonzon.

Água
O ato de oferecer um copo de água fresca ao Gohonzon (supremo objeto de adoração do Verdadeiro Budismo) tem origem na valorização que a antiga sociedade indiana tinha em relação a água - pois devido ao clima quente, as qualidades da água em purificar e refrescar eram apreciadas. Como forma de expressar nossa sinceridade na fé, oferecemos ao Gohonzon um copo de água fresca todas as manhãs, e no decorrer dos anos, o costume de remover e jogar a água, geralmente antes do gongyo (recitação do Sutra) da noite, foi se estabelecendo.

Folhas Verdes
Uma folhagem chamada shikimi tem sido oferecida tradicionalmente ao Gohonzon no Japão. Sendo originária da Índia, foi trazido ao Japão por Chin Chien-chan (688-763), um bonzon da dinastia chinesa Tang e fundador da escola budista Ritsu. O shikimi tem sido valorizado como a mais perfumada árvore no Japão e tem sido utilizada para oferecimentos diante estátuas budistas. Diz a tradição que este costume teve origem devido ao seu formato, que lembra a flor de lótus azul. Historicamente, o shikimi simboliza a vibrante força vital e a pureza eterna. Entretanto, esta descrição não é encontrada em nenhum dos escritos de Nitiren Daishonin e a formalidade em oferecer ao Gohonzon o shikimi, somente foi estabelecida após muitos anos da morte de Nitiren.
Como o shikimi não é disponível no Ocidente, outros tipos de folhagens - incluindo as artificiais - tem sido utilizadas pelos membros da SGI. O oferecimento de folhagem tem sido feito com o espírito de seguir as palavras de Daishonin: "Caso se recite o nome do buda, o sutra ou meramente se ofereça flores ou incenso, todos os seus atos virtuosos irão implantar benefícios em sua vida. Como esta convicção, deve-se transformar sua fé, em prática". Além disso, consta no Sutra de Lótus: "Os reis Brahma..levaram as flores celestiais e jogaram-nas sobre o Buda". O Sutra de Lótus também narra sobre os monumentos erigidos com a perfumada madeira de sândalo e outras plantas em homenagem ao Buda, após o seu falecimento.
O presidente Ikeda escreveu: "Há um conceito no Budismo conhecido como zuiho bini - que, enquanto não se desvia dos ensinos básicos do budismo de Daishonin, é adequado seguir as formalidades budistas de acordo com os costumes e maneiras de cada região e de acordo com a época.
Em qualquer caso, é importante manter a convicção que nossos sinceros oferecimentos ao Gohonzon constituem em atos virtuosos que irão implantar benefícios e boa fortuna em nossas vidas. O presidente Ikeda acrescenta: "No caso aonde o shikimi não é disponível, poderá ser feito o oferecimento de outras folhagens. Mesmo folhas artificiais podem ser oferecidas, pois o que importa é a sinceridade". Embora muitas escolas budistas ofereçam flores, a tradição da SGI, adotada pela tradição provinda da Nitiren Shoshu, não as utiliza. Este ato surgiu pelo simbolismo das folhagens verdes, que sugerem permanência e vitalidade - o eterno aspecto da vida que buscamos desenvolver através da prática budista. De outro lado, as flores, com o seu rápido murchar, simboliza a transitoriedade da vida. Nos escritos de Nitiren, não existe nenhuma rejeição ao oferecimento de flores, o que podemos assumir como um costume estabelecido posteriormente. Assim, não existe nenhuma razão doutrinária que proiba o oferecimento de flores.

Velas
As escrituras budistas relacionam o oferecimento de luz, como a sabedoria que dispersa a escuridão provinda da ignorância. Assim, as velas são um oferecimento de luz. Entretanto, na época de Nitiren Daishonin, as velas ainda não existiam no Japão e a principal fonte de luz, eram as lamparinas à óleo. De fato, há passagens nas escrituras de Nitiren que comprovam esta teoria: "uma lamparina brilha quando óleo é adicionado".
O significado de oferecimentos de luz é ilustrado por atos como o da mulher pobre que vendeu os seus próprios cabelos para vendê-los e comprar óleo (para o Buda) sendo que as chamas produzidas pelo seu oferecimento não foram apagadas, mesmo pelos ventos vindos do Monte Sumeru.
Tradicionalmente, velas brancas têm sido utilizadas, mas não há nenhuma doutrina que proíba o uso de outras cores. Esta é uma escolha pessoal. Embora, em locais aonde são realizadas reuniões, é aconselhável o uso do bom senso, para que seja utilizado um cor de preferência da maioria. Geralmente, velas muito coloridas podem distrair as pessoas deixando que elas consigam concentrar no Gohonzon.
Além disso, em locais aonde haja perigo de incêndio, é desaconselhável o uso de velas. Atualmente, muitos membros utilizam velas elétricas. Em suma, o que importa é o nosso sentimento em iluminar em honrar a área diante do Gohonzon.

Incenso
O incenso representa um oferecimento de fragrância. Como fragrância, o incenso era utilizado em ambientes quentes e úmidos com o objetivo de dispersar o odor e proporcionar uma atmosfera agradável. Assim como todos os oferecimentos, o incenso é uma expressão de gratitude - não uma regra. Se uma pessoa é alérgica ou não aprecia o cheiro de incenso, não é necessário acendê-lo. Para aqueles que estão preocupados com os efeitos nocivos à saúde ao inalar fumaça em excesso, é aconselhável evitar acender velas e incensos em ambientes confinados ou com pouca ventilação.
Algumas escolas budistas acendem incensos de pé. Nossa tradição tem sido de queimá-los na horizontal. Esta também, não é uma questão doutrinária, embora algumas explicações tenham sido acrescentadas no decorrer dos séculos pelos clérigos.
Em ocasiões especiais e missas para falecidos, há o oferecimento de três pitadas de incenso em pó sobre uma brasa. Embora, em certas ocasiões, somente uma pitada é oferecida. Elas simbolizam as três formas na qual o carma é criado - pensamentos, palavras e ações.

Sino
O sino representa o oferecimento de som. Por esta razão, é melhor buscar um som agradável ao tocar o sino. Assim, é aconselhável evitar tocar o sino muito forte. Não existe nos escritos de Nitiren Daishonin, uma descrição sobre a maneira específica de tocar os sinos, embora este assunto tenha sido enfatizado pelo clérigo. O presidente Toda declarou: "Tocar o sino durante o gongyo é um ato de proporcionar o bem-estar ao Buda. Assim, o sino não deve ser tocado de forma leviana. Nós também usamos o sino como um sinal para os outros, quando recitamos com um grupo de pessoas."

Grou
O grou com as asas em forma de círculo foi adotados pela Nitiren Shoshu durante o período Edo (aproximadamente 300 anos atrás) como um símbolo desta escola a ser utilizado nos documentos oficiais do regime Tokugawa. Recentemente, dois acessórios em forma do grou são posicionados diante do Gohonzon, mas não simbolizam nenhum oferecimentos. Como uma expressão de rejeição ao clero da Nitiren Shoshu, alguns membros utilizam um acessório em forma de lótus com oito pétalas, que é o símbolo da Soka Gakkai. Em nenhum dos casos, há um significado doutrinário e são utilizados somente para decorar e dignificar o oratório. Não é essencial ser usado.

Alimentos e Bebidas
No Japão, um taça com arroz cozido é geralmente oferecida diante do Gohonzon durante a refeição e bolinhos de arroz (mochi) são oferecidos no dia do Ano Novo. Na carta de Ano Novo de Nitiren Daishonin há menção sobre o oferecimento de bolinhos de arroz, pois este tem sido o alimento básico de muitos países asiáticos, e por esta razão, é natural que tenha sido usado como um oferecimento budista.
Frutas também tem sido um oferecimento comum em muitos países, talvez porque não seja um alimento que pereça rapidamente. No dia do Ano Novo e outras datas significativas, é comum no Japão oferecer duas garrafas de sake (destilado feito à base de arroz). Como declarou o 28th Sumo Prelado, Nichiu, no seu "Sobre as formalidades": "Desde que a sinceridade é expressa através do ato de oferecer sake dentro da sociedade secular neste país, a sinceridade no Budismo também pode ser expressa através do oferecimento de sake".
Como mencionado acima, o oferecimento de alimentos e bebidas são significativos quando feitos com sinceridade. A escolha do alimento pode ser uma questão de preferência cultural e pessoal. Como temos visto, as formalidades budistas são derivadas das culturas indiana, chinesa e japonesa e desta maneira, irá envolver outras culturas locais no decorrer dos tempos.

Oratório
Com o objetivo de manter nossa concentração no Gohonzon, é adequado manter o ambiente ao redor do andar sempre limpo e não colocar inúmeros ítens desnecessários dentro do altar. Embora, seja compreensível que se deseje colocar algo íntimo - como a foto de algum familiar - perto do oratório, como forma de sempre nos lembrar desta pessoa em nossas orações.

Juzu (rosário budista)
O rosário budista é um acessório budista tradicional. Não é conhecido que tipo de rosário era utilizado por Nitiren Daishonin. Embora, um grande número de significados tenham sido posteriormente adicionados. Essencialmente, o rosário é somente um instrumento que nos auxilia em nossa prática budista.
A respeito do ato de esfregá-lo ou não em nossas orações, não há uma clara explicação sobre este ponto. Devido ao budismo de Nitiren Daishonin não ser restringido por rígidas formalidade, é incorreto dizer que não se deve esfregá-los, mas devemos ter em mente que o ato de esfregar continua e vigorosamente pode demonstrar um hábito gerado pelo nervosismo, que poderá atrapalhar a nossa concentração e daqueles que estão ao nosso redor. No último capítulo do Sutra de Lótus, consta a passagem: "Sente-se ereto e pondere sobre a realidade última". Assim, com o objetivo de alcançar a mais plena satisfação em nossas orações, é melhor sentar-se de forma calma e sem emoções excessivas enquanto oramos.
Desde que utilizamos o rosário como parte de nossa prática budista, é aconselhável tratá-lo com respeito. Caso ele se quebre, não há problema em jogá-los for a, o mesmo pode ser dito em relação aos sutras antigos que não iremos usar mais.

Outras formalidades
Existe um princípio budista chamado zuiho-bini , ou seja, ou a prática do budismo de acordo com a condição e cultura do local. Assim, o budismo de Nitiren Daishonin foi introduzido no Ocidente por praticantes que imigraram do Japão. Este ponto deve ser sempre lembrado. Entretanto, é importante reconhecer que este pioneiros trouxeram consigo algumas formalidades que eram natural dentro do contexto da cultura japonesa, mas não podem ser estritamente aplicados em outras culturas.
Por outro lado, não é possível simplesmente rejeitar as formalidades, mas sim, devemos observá-las como uma expressão de sinceridade. Pois, caso as rejeitarmos totalmente, poderemos enfraquecer nossa própria fé e prática e consequentemente, nosso crescimento. Em outro extremo, se insistirmos sob a égide de uma rígida formalidade não haverá espaço para ações espontâneas que irão desenvolver nossa prática.
Em qualquer caso, a essência do budismo reside sempre em desafiar a si mesmo e fazer emergir o nosso estado de Buda, não de adotarmos um ritual religioso cheio de cerimônias. Naturalmente, o elevado estado de vida que alcançamos através da prática budista pode ser refletido nos atos de sinceridade expressos no comportamento individual. Neste sentido, a qualidade de nossos oferecimentos e a prova real em nossas vidas são um claro espelho da condição de nossa fé.

Conclusão
O presidente Ikeda referiu-se sobre a relação dos ensinos budistas e as formalidades: "O ensino essencial no budismo de Nitiren Daishonin é recitar o Nam-myoho-rengue-kyo ao Gohonzon. Estudá-lo e propagá-lo são de significado ímpar no âmbito da prática da fé. Todas as outras questões pertencer ao campo da formalidade, na qual varia de acordo com a condição da época.
O budismo de Nitiren Daishonin é seu correto caminho de prática é uma filosofia convincente para qualquer pessoa nos dias de hoje. Desde, que Nitiren Daishonin será sempre o buda dos Últimos Dias da Lei, ele não iria propor um ensino que não fizesse senso para gerações futuras".
Por esta razão, as formalidades concernentes ao ato de oferecimento ao Gohonzon devem ser facilmente compreensíveis para aqueles que vivem no local onde o budismo está sendo propagado. (WT-16 de abril).