sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como nossas orações são respondidas?

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O Sr. Toda: costumava dizer: “É óbvio que quando tocamos um sino, podemos obter uma vastidão de diferentes sons; isso dependerá do que utilizamos para tocá-lo — um palito de dente, um pau de comer arroz japonês ou um batedor de sino. O sino é o mesmo, porém, se bater nele com força, obterá um som alto; se bater de leve, o som será leve. O mesmo ocorre com relação ao Gohonzon. Os benefícios que recebemos dependem inteiramente do poder de nossa fé e prática.

Pres. Ikeda: Conforme as expressões “poder da fé” e “poder da prática” indicam, a convicção é um tipo de força ou poder. Quanto maior for sua convicção de que suas orações serão respondidas — ou seja, quanto mais forte for sua fé — mais forte será o poder do Gohonzon (a Lei Mística).

O “poder da prática” abarca a força de seu Daimoku e da energia com que se dedica ao Kossen-rufu pela felicidade de todas as pessoas e prosperidade de toda a sociedade. Quanto mais forte for sua prática para si e para os outros, mais poderá extrair do Gohonzon o poder do Buda e da Lei.

Pres. Ikeda: Apesar de afirmarmos que “as orações são respondidas” no Budismo de Nitiren Daishonin, a concretização de nossas orações não é algo mágico ou oculto; não tem nada a ver com algum ser misteriosamente iluminado ou um deus que habita um mundo distante e que, por ter piedade de nós, satisfaz nossos desejos.

Assim como existem leis físicas tais como as que controlam a eletricidade, que os seres humanos habilidosamente descobriram como fazer uso, o budismo investigou e revelou a Lei da vida e do Universo. E assim como a luz elétrica foi inventada baseada nas leis da eletricidade, Nitiren Daishonin inscreveu o Gohonzon para nós com base na suprema Lei do Budismo.

O Sr. Toda: costumava descrever o Gohonzon da seguinte maneira: “Minhas palavras com certeza não fazem jus à sua grandiosidade, mas o Gohonzon pode ser comparado a uma ‘máquina de fazer felicidade’.” O Gohonzon é a manifestação máxima da sabedoria do ser humano e do Buda. É por essa razão que o poder do Buda e o poder da Lei manifestam sua força de acordo com a força de nossa fé e de nossa prática. Se o poder de nossa fé e prática equivale a cem, então seremos capazes de manifestar o poder do Buda e da Lei na mesma proporção; e se equivaler a dez mil, atrairemos uma força correspondente a dez mil.

No Budismo de Nitiren Daishonin, a Lei fundamental do Universo é venerada como o supremo objeto de adoração. Essa Lei é também a essência de nossa própria vida.

Essa questão pode ser um pouco difícil de ser compreendida; no entanto, quando oramos ao supremo objeto de adoração — o Gohonzon — o princípio budista de “fusão da realidade e da sabedoria” é colocado em prática. A “realidade objetiva” do Gohonzon e a “sabedoria” de nossa mente fundem-se no nível mais profundo. Em outras palavras, a oração constitui uma fusão da Lei fundamental do Universo e de nossa mente.

Podemos comparar isso com as engrenagens de uma máquina. Quando uma pequena engrenagem encaixa seus dentes aos de uma engrenagem maior, conseguirá se movimentar com uma força extraordinária, o que não faria por si própria. Da mesma forma, quando fundimos o microcosmo de nossa própria vida à vida do Universo, somos capazes de manifestar uma ilimitada força que nos permitirá superar quaisquer dificuldades. Todos os deuses budistas, budas e bodhisattvas das dez direções — as funções protetoras do Universo — serão ativadas para que possamos concretizar nossas orações.

O Nam-myoho-rengue-kyo é o som do grandioso ritmo do Universo, a fonte propulsora de toda a atividade universal, e também o coração e a essência do Universo.

A Lei Mística é a fonte de todas as mudanças. É por isso que quando recitamos a Lei Mística — o Nam-myoho-rengue-kyo — conseguimos ativar as forças do Universo para nos apoiar. O ritmo do Nam-myoho-rengue-kyo foi denominado como o ritmo do próprio Universo. Algum tempo atrás, o poder de recitar o Daimoku para ativar as funções protetoras do Universo foi enfocado em um filme: Viagem Insólita, que mostra uma viagem pelo interior do microcosmo do corpo humano. Num certo momento, o protagonista recita o Nam-myoho-rengue-kyo a fim de solucionar um impasse. Foi realmente emocionante e empolgante ver o Nam-myoho-rengue-kyo aparecer de repente na legenda!

Quando estiver sofrendo ou sentindo-se triste, não há necessidade de forçar-se a mostrar uma expressão alegre ou fingir que está tudo bem; apenas recite Daimoku exatamente como está, e solte seus sentimentos.

Nitiren Daishonin :afirma: “A fé não é algo extraordinário.” (MW, vol. V, pág. 303.) E nos clama: “Da mesma maneira que os pais se recusam a abandonar os filhos, ou que uma criança que se nega a deixar a mãe, devemos confiar no Sutra de Lótus.” (Ibidem.) Em outras palavras, tudo o que temos de fazer é orar sinceramente ao Gohonzon e confiar plenamente que nossos desejos serão satisfeitos. Tal oração com certeza nos fortalecerá.

Não há nada extraordinário com relação à oração; ela se resume em simplesmente desejarmos algo de todo o coração.

O mais importante é nosso coração. Com relação a isso, é essencial que oremos com profunda fé, respeito e amor ao Gohonzon em nosso coração.

Praticamos o budismo com o objetivo de nos tornarmos felizes. Desse modo, o mais importante é que cada um de nós sinta uma profunda satisfação após ter recitado Daimoku.

Conforme já mencionei, o mais importante é que nosso Daimoku nos deixe tão satisfeitos e revigorados que quando tivermos terminado, possamos exclamar: “Ah! como isso me fez bem!” Ao reforçarmos esse sentimento dia após dia, naturalmente nos direcionaremos para o caminho mais positivo.

A atitude de reservar um tempo para orar apesar dos vários compromissos é um sinal de verdadeira dedicação. Quando oramos, estamos criando a causa para nosso próprio sucesso. O Daimoku é para seu próprio benefício. A oração fortalece a energia vital, aguça a mente, e também permite-nos extrair a força vital interior que nos capacita a usar ao máximo nosso talento e nossas habilidades. Por exemplo, se tiverem habilidade para tirar nota dez em um exame, a oração os capacitará a manifestar uma força vital para dedicar-se cem por cento nisso, em vez dos setenta ou oitenta por cento de esforços que talvez consigam nos períodos de provas.

Sim, é um erro pensar que somente a oração, sem se dedicar seriamente aos estudos, melhorará suas notas. A concretização de suas orações começa com esforços concretos objetivando suas realizações. Se acreditarem que tudo irá se concretizar da maneira como oraram, enquanto persistem em seus esforços, sua mente ficará tão repleta de esperança, otimismo e confiança que suas orações com certeza serão respondidas. E também, ao recitarem Daimoku, vocês manifestarão a sabedoria para ter sucesso em seus estudos e em sua vida de maneira tão clara como o alvorecer do Sol que ilumina a Terra. O Daimoku também lhe proporcionará a energia necessária para que continuem seguindo rumo à concretização de seus objetivos.

A fé e a oração são as máquinas que dão vigor aos nossos esforços. Os esforços dependem unicamente de nós próprios. Por favor, jamais se esqueçam disso.

Algumas vezes parece que nossas orações levam séculos para ser concretizadas, outras vezes, não são concretizadas, apesar de nosso fervoroso Daimoku. No entanto, o mais importante é continuar orando até que sejam respondidas. Nosso contínuo Daimoku nos dá a oportunidade de observar profundamente nossa própria vida, enquanto passamos por mudanças positivas no dia-a-dia. É como o trabalho — quando conseguimos um emprego, começamos a trabalhar, mas não recebemos o salário no mesmo dia. Outro exemplo é o cultivo de plantas — plantamos uma semente e a regamos todos os dias, ainda assim, levará um longo tempo até que ela se torne uma grande árvore.

Os benefícios que recebemos como resultado da oração ao Gohonzon constituem tanto os conspícuos como os inconspícuos. Os benefícios conspícuos referem-se a exemplos tais como a proteção que recebemos em momentos difíceis e a sabedoria que conseguimos manifestar a fim de encontrar uma solução imediata para um problema que estamos vivenciando. Os benefícios inconspícuos, por sua vez, são como a semente se desenvolvendo em uma frondosa árvore. Acumulamos boa sorte pouco a pouco e esta se manifesta gradativamente à medida que o tempo passa.

Na vida, os benefícios inconspícuos são os mais importantes. Os inconspícuos podem dar uma pequena ajuda, mas o que realmente conta na vida é alcançar o topo gradativamente.

O simples fato de termos orado para obtermos algo não significa que iremos concretizá-lo. No entanto, se nossas orações não são imediatamente respondidas, se continuamos a orar dia após dia, criamos as causas para uma significativa mudança positiva no futuro. Sem exceção, quando olharem para trás, afirmarão a si próprios que tudo aconteceu para o melhor.

Dependemos de vários fatores para que nossas orações sejam concretizadas. Contudo, se orarmos sinceramente, de todo o coração, poderemos corrigir nossa órbita vital e nos direcionar para um caminho mais positivo.

Nossas orações produzem um impacto de longo alcance em nossa vida. Apesar de orarem para se sair bem nos estudos, por exemplo, o efeito de suas orações se estenderá muito além, alcançando a total amplitude de sua existência.

Resumindo, é muito importante ter o desejo de sentar-se em frente ao Gohonzon e recitar Daimoku. Isso demonstra a determinação de uma pessoa de aprimorar a si própria. Esse espírito é fundamental. É a comprovação de nossa humanidade, uma expressão do nobre espírito de devotar a vida à realização de um empreendimento.

é importante que nossas orações sejam específicas e concretas. Uma atitude vaga e dispersa durante a oração é como atirar uma flecha sem mirar o alvo. Devem orar com uma forte e apaixonada determinação de concretizar sua oração. Aquele que pensa “Se eu orar, tudo correrá bem”, está demonstrando apenas um desejo. Uma fervorosa oração — a oração do fundo do coração e com toda a vida — será infalivelmente comunicada ao Gohonzon.

Outro ponto importante é que, à medida que o foco de nossas orações se expande, incluindo não apenas nossos próprios desejos como também a felicidade de nossos amigos, de nossa família, de nossos colegas de classe, da sociedade e de toda a humanidade, nossos horizontes também irão se expandir, bem como nossa grandeza como seres humanos.

A oração não é algo tão simples assim. Dessa forma, jamais devemos nos esquecer de que nossas orações refletem nosso estado de vida. Com relação a isso, a oração é também uma forma solene pela qual podemos elevar nosso estado de vida.

E para obter exatamente os resultados pelos quais estão orando, é essencial empreender firmes e determinados esforços em direção ao seu objetivo. Esse é o verdadeiro caminho para manifestar a fé na vida diária.

Aqueles que seguirem esse caminho dia após dia, ano após ano, irão se tornar infalivelmente — assim como as sementes que se tornam frondosas árvores — pessoas de força e caráter extraordinários à medida que o tempo passar.

(BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1516, PÁG. A3, 24 DE JULHO DE 1999)

O BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN

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Neste budismo não há necessidade de ser monge, não existem mandamentos ou dogmas, raspar a cabeça e viver em um monastério, muito menos adorar imagens de budas gordinhos e nem fazer oferecimentos a ele, ou colocá-lo em cima da geladeira, como não existem estátuas enormes e templos distantes. Acredita-se que budismo de Nitiren é tão grandioso porque iguala as pessoas numa mesma categoria: todas elas têm condições de atingirem a suprema felicidade, ou seja, o estado de Buda, na forma e no ambiente em que vivem. Esse budismo nega a necessidade de auto-sacrificio ou de isolamento para a meditação, e possibilita as pessoas a tornarem-se felizes em meio à realidade diária.Embasado na lei de causa e efeito, prega que as pessoas devem buscar e reforma interior, elevando sua condição interna de vida. Ensina também que existe uma relação de interdependência entre os seres do universo e que a razão de seus sofrimentos reside em suas próprias ações. Valoriza a vida, tenha ela a forma que tiver. O momento presente é considerado a base para analisarmos as causas passadas e definir o futuro.
As causas são feitas pelo pensamento, palavras e ações. Ou seja, cada pessoa é responsável pelo seu destino e, ao mesmo tempo, possui condições de mudá-lo. Com o conhecimento das próprias características, boas ou más, é possível progredir esforçando-se para desenvolver os pontos fortes e transformar os negativos. Esse é o modo correto de vencer o próprio destino.
Não existe um “Deus”, um ser transcendental, uma entidade superior, mas uma energia positivas, extremamente poderosa, que está contida no Universo e em todas as formas de vida. Que podemos manifestá-la no dia-a-dia. Buda não é Deus, não é um homem especifico e nem deve ser adorado, quando uma pessoa inicia um processo de mudança interior, ou revolução humana, que causa transformação de suas causas e, com a mudança de postura, ela começa a redirecionar sua vida para a felicidade ao mesmo tempo em que, fortalecendo sua energia interior passa a encarar e a enfrentar a vida com mais disposição, dinamismo e esperança. Isto é ser iluminado, ou seja, ser um Buda.
Por este respeito às características de vida de cada individuo e o capacitando em sua própria realidade a ser um Buda é que este budismo cresceu e chamou a atenção de muito leigos que utilizaram desta filosofia para até mesmo criarem ONG`S, que ajudaram este a ser expandido pelo mundo inteiro, o transformando hoje de uma religião oriental, ou só de japoneses para uma filosofia abrangente e mundial.

SOKA GAKKAI