domingo, 24 de março de 2013

A Abertura dos olhos

olho "Resumo e cenário histórico

Este tratado é um dos cinco mais importantes de Nitiren Daishonin, no qual ele revela sua verdadeira identidade como Buda dos Últimos Dias da Lei possuidor das três virtudes de soberano, mestre e pais. Em fevereiro de 1272, logo no início do seu exílio na Ilha de Sado, vivendo sob severas circunstâncias, Daishonin concluiu este tratado em dois volumes e endereçou-o a Shijo Kingo, um dos seus principais discípulos em Kamakura.

Nitiren Daishonin experimentou uma série de adversidades na inóspita Ilha de Sado, a condição precária de sua cabana não o protegia do vento nem da neve, faltava-lhe alimentos, roupas e materiais para escrita. Além de seu sofrimento físico, ele ficou profundamente abalado ao saber que vários de seus seguidores de Kamakura haviam abandonado a fé. Sentindo que a morte constantemente o ameaçava, Daishonin redigiu este tratado com o propósito de encorajar seus discípulos como se fosse seu último desejo e testamento.

O título “Abertura dos olhos” significa capacitar as pessoas a enxergarem a verdade. Em outras palavras, libertá-las das ilusões e das visões distorcidas e despertá-las para que compreendam o correto ensino e seu correto mestre.

Nitiren Daishonin cita essa frase do Sutra Contemplação da Mente-Solo para elucidar a Lei de Causa e Efeito, que é o conceito central do budismo.

O importante desta citação é o aspecto de que o momento presente em que vivemos decide todo o futuro. Os efeitos do presente se devem às causas do passado e os efeitos futuros surgem a partir das causas que fazemos no presente. Portanto, embora as causas feitas no passado tenham definido o nosso presente, é no momento presente que se define o nosso futuro. Em outras palavras, o budismo ensina que não podemos deixar que as causas passadas definam o nosso futuro.

 

relogio

 

 

O propósito dos ensinamentos do budismo está em ressaltar que, seja quais forem as causas passadas, podemos construir um futuro brilhante por meio das causas que fazemos hoje, transformando definitivamente o nosso carma.

O Budismo de Nitiren Daishonin não se limita ao conceito superficial de causa e efeito, de castigo e recompensa, mas, sim, revela a natureza real da causalidade e a forma como podemos recuperar o estado de pureza da vida existente desde o infinito passado.

O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, afirmava o seguinte: “Nesta época em que vivemos, precisamos de um ensino que nos possibilite, como pessoas comuns que somos, romper os limites desse princípio de causalidade expostos nos ensinos pré-Sutra de Lótus e revelar nossa natureza de Buda inerente. Foi Nitiren Daishonin que, em resposta a essa necessidade, estabeleceu um ensino que nos permite romper as correntes do carma criado em existências passadas e moldar com nossas próprias mãos um destino brilhante e positivo no presente. Daishonin estabeleceu a Lei tal como estava descrita no Sutra de Lótus exposto por Sakyamuni, de uma maneira muito semelhante a um engenheiro que constrói um avião a partir de projetos, possibilitando às pessoas comuns, em seu cotidiano, romperem os limites de suas causas passadas e retornar ao passado inescrutável do tempo sem início. Em outras palavras, devotar nossa vida à Lei Mística e orar o Nam-myoho-rengue-kyo representam o caminho para mudar nosso destino para melhor”. (Terceira Civilização, edição no 433, setembro de 2004, pág. 18.)

 

 

universo

 

Portanto, é neste exato momento que temos a oportunidade de provocar mudanças que irão refletir efeitos positivos em nossa vida assim como em nosso ambiente.

Em outro trecho desse escrito, consta: “É pelos benefícios obtidos de proteger a Lei que essas pessoas podem, nesta existência, diminuir seus sofrimentos e os efeitos de causas passadas”. (END, vol. 4, pág. 202). Essa afirmação nos faz refletir sobre a importância da prática budista. Se a nossa fé brilhar vigorosamente, nunca falharemos em obter o caminho para um grandioso futuro. A chave para criarmos as mais elevadas causas surge a partir do momento em que tomamos fé no Gohonzon e nos dedicamos em prol do Kossen-rufu. Nesse instante, seremos capazes de abrir a porta para um futuro de ilimitada boa sorte. Portanto, independentemente das nossas circunstâncias no presente momento serem boas ou más, devemos nos levantar com a determinação de não sermos derrotados com a convicção de que tudo começa a partir de agora. Assim, poderemos comprovar a prova real do ilimitado potencial da Lei Mística. Eis o verdadeiro propósito da fé no Budismo de Nitiren Daishonin conhecido como o Budismo da Verdadeira Causa.

Em um trecho do Diálogo sobre a Sabedoria do Sutra de Lótus, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, afirma: “O ‘começo’ é exatamente agora. O passado já se foi. O futuro ainda não chegou. Tudo que existe é o momento presente. E o presente torna-se passado num instante. A vida continua de momento a momento. Sentimo-nos felizes num momento, mas no instante seguinte nos encontramos em aflição. É importante considerarmos a própria vida no presente momento como a ‘causa’ para criarmos os efeitos futuros”. (Brasil Seikyo, edição no 1.579, 11 de novembro de 2000, pág. A3.)

Assim, empenhando-nos firmemente na prática budista a partir da determinada recitação do Daimoku, trilhando o caminho da unicidade de mestre e discípulo, podemos realizar sem falha nossa revolução humana, aprimorando a própria personalidade e o senso de humanismo. Um modo de vida embasado nesta decisão e oração possibilita romper a escuridão fundamental de nossa vida, interrompendo o ciclo interminável de um mal que gera outro e, consequentemente, transformando o carma negativo.

Em um discurso, o presidente Ikeda afirma: “O carma negativo é abarcado pelo mundo do estado de Buda e purificado pelo seu poder. Usando uma analogia, o surgimento do estado de Buda é como o nascer do sol. Quando o sol desponta no leste, as estrelas que até então brilhavam intensamente no céu noturno, em questão de instantes, desaparecem, como se não tivessem existido”. (Terceira Civilização, edição no 433, setembro de 2004, pág. 18.)

Termo e Denominação: Sutra Contemplação da Mente-Solo: Sutra que explica que os estados de Buda, bodhisattva, pratyekabuddha, arhat e ouvinte originam-se da mente das pessoas comuns. Por isso, esse sutra compara a mente ao solo, que produz o grão. O sutra também explica sobre os quatro débitos de gratidão — aos pais, a todos os seres, ao soberano e aos três tesouros — e louva os benefícios da observação da mente."

Fonte Brasil Seikyo (Caderno) - Edição nº 1749 publicado em 29/05/2004

sábado, 16 de março de 2013

10 Exércitos de Maldades

Mais um texto do Sr Sago, dessa vez sobre as Maldades. Dizem que ao observar os amigos, seria possível se entender uma pessoa. Se olhar os que o seguem, também se poderia avaliar as capacidades de liderança de uma pessoa. Se observar os subordinados poderia se saber o tamanho e capacidades de um líder. Então como seriam as forças do Demônio do 6º céu? No “Ben dono ama gozen gosho” consta: “O demônio do 6º céu convoca os 10 exércitos e ataca o devoto do sutra de lótus”. 10 exércitos são 10 batalhões que seguem as ordens do líder dos demônios. O demônio do 6º céu desafia o devoto do sutra de lótus, ordenando os 10 exércitos, para atacar também seus discípulos. Vamos olhar de perto cada um desses, todos são os soldados fortes que desejam corresponder à espectativa do seu líder. O nome do 1º exército é desejo. Por exemplo, tanto a doação da lei ou de objetos e valores, não consegue colocar em prática, sendo derrubado por desejos, seria um aspecto de que perdeu com este exército do mal. 2º exército é melancolia. Quando se fica afundando na tristeza e o coração cheio de melancolia, este exército será premiado por rei. 3º exército é fome e sede. Fome e sede físico e espirítual. 4º exército é apego aos amores. Vem atacar nos 5 desejos e tentar desviar o coração de continuar nos caminhos dos exercícios budistas. 5º exército é sono. Quando o sono vem na hora de recitar daimoku, deve descobrir que é do ataque deste exército. 6º exército é medo. Medo de críticas e perseguições. 7º exército, arrependimento. É o arrependimento de ter praticado este budismo. 8º exército é ira. Ira de diversas causas 9º exército é procura de fama e fortuna. 10 º exército é arrogância e menosprezar outros. Assim, podemos tomar conhecimento da força do rei dos demônios. Não devemos nos descuidar. Mas, também não precisamos ter medo. Se tiver forte "shinjin" ao gohonzon, podemos derrubar todos. E através destas lutas, polimos nossa fé e aumentamos ainda mais a boa sorte no coração. Eiichi Sago